Aug 27, 2008

Olimpíadas de Beijin
Foi um show chinês e um desempenho pífio dos dirigentes olímpicos.
Estou convencido que os resultados são partes integrantes de um processo de estratégias bem definidas, planejamento adequado, organização eficiente e uma liderança eficaz. A Administração já descobriu isso a mais de cem anos. Os cartolas do esporte brasileiro teimam em trilhar o rumo do amadorismo.
Ouvir as explicações do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Newman é de chorar, mas de raiva.
Tivemos um desempenho quanto à conquista de medalhas de ouro, é o que vale, inferior a Atenas. Tivemos a maior delegação em jogos olímpicos e as mulheres conquistaram a primeira medalha individual no judô e a primeira de ouro no atletismo, isso é uma verdade, mas é muito pouco diante de uma das maiores economias do mundo.
Temos o nadador mais rápido nas piscinas, mas o que Cielo Pai, ou melhor, Cielo Paitrocinio, disse em alto e bom som (será que a Globo transmitiu isso?) que o apoio governamental foi muito pouco para com o atleta. Pai e mãe do nosso único nadador de ouro nesta Olimpíada foram que praticamente o bancaram. Depois que foi treinar nos USA perdeu o patrocínio dos Correios.
E as outras modalidades como o tiro, declato, maratona, basquete (este nem se classificou), handebol, canoagem e Box mínguam nas academias obscuras deste nosso país, do ponto de vista Olímpico, ainda medíocre.
Péssimo exemplo foi dado pela equipe da ginástica artística (12° lugar). As atletas e a técnica preferiram assistir a final do vôlei masculino a aprender um pouco mais com Russas, Bielo-Russas, Chinesas e Italianas. Ainda preferimos o lazer ao trabalho e ao estudo. Ainda bem que existem exceções neste país de poucos heróis.
As atletas da ginástica feminina até se conformavam com os últimos lugares das finais, sim! Foi um feito terem se classificado para esta fase, mas por que se conformarem, não é Jade? Não é Daiane?
Felipão, Bernardinho tem sua agenda repleta de convites para proferirem palestras para executivos das maiores empresas brasileiras sobre estratégia, motivação, disciplina e liderança. Muitos acadêmicos torcem o nariz para isso. Eu não! Há vida inteligente fora da academia, bem como se faz necessário maior eficiência no processo de gestão do esporte brasileiro.
E o que nós fazemos? Retiramos a Educação Física de grande parte dos cursos superiores. Na Administração isso já era! A educação física a substituímos por mais tecnicismos.
Podemos ter aulas diferentes e resultados nas olimpíadas mais substâncias. Por que não a Administração e o Desporto se aproximaram um pouco mais?! Pense nisso.