Oct 12, 2008

Dia da criança

A idéia de um político e a força da então maior fabricante de brinquedos do Brasil - Estrela - redefiniram uma data no calendário nacional que compete com o dia dos pais em vendas e provavelmente só perca para o natal, namorados e dia das mães.

Abraços bem infantis!

Elifas

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O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.Em outros paísesAlguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!Dia Universal da CriançaMuitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.

Oct 7, 2008

Marqueteiros ou conselheiros na política? Onofre Ribeiro O bom da democracia é que existem eleições e que elas são sempre muito didáticas. Aferem os eleitores e eles aferem os candidatos a governantes e a legisladores. Uma eleição nunca repete a anterior. E o conjunto delas vai construindo o perfil político da sociedade. A eleição municipal de 2008 deixou muitas lições. Uma delas é a comunicação dos candidatos a prefeito e a vereadores com a sociedade e com os eleitores. Bom lembrar que são dois públicos diferentes. Quem não vota também opina. É como filhos na compra do carro da família. Não são eles quem pagam, mas opinam e ajudar a definir cor, marca, etc. O principal elemento que se lê dessa eleição, foi a péssima comunicação dos candidatos com a sociedade. Repetiram-se velhas fórmulas e velhas regras de eleições anteriores, como se a sociedade não tivesse evoluído muito mais do que os candidatos. Aqui coloco a minha tese. Está na hora do chamado marketing político ser conduzido ao seu verdadeiro papel, que é o de dar linguagem ao discurso político. O que é a linguagem? perguntaria o leitor. Linguagem é a tradução das idéias e dos propósitos na forma que a sociedade seja capaz de compreender. O marketing não tem a função de produzir idéias e nem de pensar pelos candidatos. Seu papel é exclusivamente o de lidar trabalhar a linguagem. Mas há muito isso não acontece. Virou um feudo fechado nas campanhas de onde ninguém se aproxima porque ali está a suposta caixa da sabedoria política. Isso não cabe mais na sociedade dinâmica e altamente mutante da atualidade. Os candidatos devem pensar, checar as suas idéias através do filtro de pessoas da ciência, com conhecimento de sociologia, de psicologia social, da ciência política, de pesquisas, de história, etc. Podem estar juntas num conselho de estratégia, ou atuar como profissionais de assessoramento. As idéias formuladas precisam necessariamente passar pelo filtro político e depois caírem no marketing político para dar-lhes a cor e a linguagem. É de se imaginar que nesse estágio, a comunicação com a sociedade esteja aplainada pela auditoria da ciência e da lógica, longe dos emocionalismos e das pressões sobre o marketing político. Na eleição às prefeituras em 2008 no estado de Mato Grosso, o marketing político foi o maior perdedor. Comitês da maldade, idéias criadas sob pressão, linguagem errada ou controversa, linguagem incompreendida pela sociedade. Mas o pior mesmo foi o exemplo de candidatos engessados pelos marqueteiros e se tornaram bonecos diante do eleitorado. Ou o estímulo a agressões e a denúncias que os eleitores e a sociedade entenderam como oportunismos eleitorais. Por fim, a ausência de ciências sociais nas eleições, sufoca os candidatos com a pressão de milhares de palpites que acabam passando pelo marketing e, às vezes, viram monstros causadores de derrotas de candidatos vitoriosos. Espera-se que no segundo turno em Cuiabá, se filtre a campanha pela lógica das ciências sociais e se dê ao marketing político o seu papel de traduzir as idéias em linguagem compreensível, clara, transparente, fiel e construtiva, sem as tensões deformadoras próprias da dinâmica eleitoral. É hora dos pensadores entrarem em campo e dos marqueteiros cuidarem só da linguagem. Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e das revistas RDM e Centro-Oesteonofreribeiro@terra.com.br
ELEIÇÕES: MARKETING DE CERA
Oi Pessoal!
Segue meus comentários sobre a análise do jornalista Onofre Ribeiro que enviei anteriormente a vocês.
Abraços a todos.
Elifas

Caro Onofre.

Gostei da análise. Quem perdeu foi o marketing político, mas principalmente os ditos profissionais que pensam que os consumidores, ou melhor, eleitores, não tem vontade própria, cérebros pensantes e que homens e mulheres são iguais a marionetes.

Alguns se julgam sábios, outros deuses da comunicação. Como é do seu conhecimento a propaganda não salva um produto ruim, mas o marketing poderá adequá-lo para as novas realidades, desde que, tenha a matéria prima essencial: o homem.

E julgo que nesta eleição os eleitores desejaram menos política e mais soluções (embora uma não exista sem a outra), menos marketing de cera e mais marketing de gente, menos sistemas e mais sentimentos (não os baratos que se apoiam na miséria humana-estes já morreram, ou no mínimo estão agonizando), mais experiência e menos aventura, mais toque e menos bits, menos gritos e mais sussurros.

Viva o marketing que entende o eleitor e o cidadão e apupos ao marketing que apenas entende o candidato e o poder.

Abraços reais.

Elifas