Nov 2, 2008

Aconteceu em Sorriso --- Aluno comeu a cola!!!

Caro amigo leitor;

Já se vão alguns dias desde que recebi o convite do Professor Elifas, para participar desse projeto, mas como a vida nos rouba o pouco tempo que temos fui sempre protelando e adiando ate que hoje não tive como não participar, quero aqui relatar algumas historias ocorridas no período em que era acadêmico, período esse que jamais poderá ser esquecido, já que esse é o melhor período na vida de qualquer ser humano.
Bom, mas vamos ao que realmente interessa, uma historia maluca de acadêmico.
Esse é um episodio um tanto quanto cômico, já que se trata de uma prova na disciplina de “Economia”, o profissional que ministrou as aulas nessa disciplina era realmente um sujeito muito inteligente, com um conhecimento e domínio da tal matéria incomensurável, mas tinha um grande problema não tinha uma boa didática, ou seja, não conseguia passar o seu conhecimento de maneira pratica e fácil, todos os alunos acabavam tendo uma ou outra dificuldade no momento de realizar as tais provas de economia. Na nossa primeira prova da disciplina o professor, não sei por que cargas d’água retirou os sapatos dos pés e ficava circulando na sala descalço segundo ele nos informou era para que ele andasse dentro da sala sem nos atrapalhar, não nos tirando a concentração, mas a bem da verdade era para que nós os acadêmicos não soubéssemos onde ele estava e isso dificultaria a artimanha da cola, mas sempre se da um jeitinho, aluno será sempre aluno, nesse caso eu providenciei uma cola meia-lua, fácil e muito pratica, mas um acadêmico, (representante da câmara dos vereadores), não podia em hipótese alguma ser flagrado usando uma cola, isso poderia manchar sua reputação nas escolas durante uma ou outra visita, mas mesmo assim o individuo arriscou fazendo cola das muitas formulas em nacos (pedaços) de papel para facilitar o manuseio dos mesmos, então, ele os colocou sob a calculadora de acordo que quando iria tendo necessidade de usá-las era só levantar a calculadora e ali estava a fonte de inteligência, mas ele nem nos melhores sonhos de sua vida imaginaria que a senhora zeladora do prédio fosse tentar ajudar os alunos, como era nesse período em que o sol parece querer derreter o solo mato-grossense, ela trouxe de sua casa dos ventiladores e os colocou estrategicamente nas tomadas no fundo da sala, e sem ver o malefício que isso provocaria os acionou na velocidade máxima, que surpresa o “colão” teve, o vento espalhou por toda a sala os nacos de papel contendo informações precisas, ele para não ter maiores problemas caiu de quatro pés dentro da sala e foi recolhendo papel por papel e levou todos a boca e engoliu, a senhora por ser uma pessoa simples, porem intrometida, encontrou um ultimo pedaço apanhou com calma o entregou ao pobre diabo, e ainda disse, olha (fulano) sobrou ainda esse, e é teu.
Nesse momento a sala ganhou um silencio ensurdecedor, pois aquilo era infração e poderia dar um grande problema, mas acredito que o professor ao ver tal cena, imaginem só, um senhor que já passava dos 35 anos, vereador da cidade de quatro pés na sala comendo pequenos pedaços de papel para não ser apanhado colando! Apenas sorriu e disse:
Calma você esta perdoado.
Nós que assistíamos a cena deixamos de fazer a prova para sorrir do pobre infeliz que queria a cabeça da tia na bandeja, mas tudo acabou literalmente em pizza e chope, na melhor choperia da cidade na época.

Prof. Jazon - Sorriso



Oct 12, 2008

Dia da criança

A idéia de um político e a força da então maior fabricante de brinquedos do Brasil - Estrela - redefiniram uma data no calendário nacional que compete com o dia dos pais em vendas e provavelmente só perca para o natal, namorados e dia das mães.

Abraços bem infantis!

Elifas

Ctrl C no site: http://www.interney.net/?p=9753075

O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto. A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.Em outros paísesAlguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!Dia Universal da CriançaMuitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.

Oct 7, 2008

Marqueteiros ou conselheiros na política? Onofre Ribeiro O bom da democracia é que existem eleições e que elas são sempre muito didáticas. Aferem os eleitores e eles aferem os candidatos a governantes e a legisladores. Uma eleição nunca repete a anterior. E o conjunto delas vai construindo o perfil político da sociedade. A eleição municipal de 2008 deixou muitas lições. Uma delas é a comunicação dos candidatos a prefeito e a vereadores com a sociedade e com os eleitores. Bom lembrar que são dois públicos diferentes. Quem não vota também opina. É como filhos na compra do carro da família. Não são eles quem pagam, mas opinam e ajudar a definir cor, marca, etc. O principal elemento que se lê dessa eleição, foi a péssima comunicação dos candidatos com a sociedade. Repetiram-se velhas fórmulas e velhas regras de eleições anteriores, como se a sociedade não tivesse evoluído muito mais do que os candidatos. Aqui coloco a minha tese. Está na hora do chamado marketing político ser conduzido ao seu verdadeiro papel, que é o de dar linguagem ao discurso político. O que é a linguagem? perguntaria o leitor. Linguagem é a tradução das idéias e dos propósitos na forma que a sociedade seja capaz de compreender. O marketing não tem a função de produzir idéias e nem de pensar pelos candidatos. Seu papel é exclusivamente o de lidar trabalhar a linguagem. Mas há muito isso não acontece. Virou um feudo fechado nas campanhas de onde ninguém se aproxima porque ali está a suposta caixa da sabedoria política. Isso não cabe mais na sociedade dinâmica e altamente mutante da atualidade. Os candidatos devem pensar, checar as suas idéias através do filtro de pessoas da ciência, com conhecimento de sociologia, de psicologia social, da ciência política, de pesquisas, de história, etc. Podem estar juntas num conselho de estratégia, ou atuar como profissionais de assessoramento. As idéias formuladas precisam necessariamente passar pelo filtro político e depois caírem no marketing político para dar-lhes a cor e a linguagem. É de se imaginar que nesse estágio, a comunicação com a sociedade esteja aplainada pela auditoria da ciência e da lógica, longe dos emocionalismos e das pressões sobre o marketing político. Na eleição às prefeituras em 2008 no estado de Mato Grosso, o marketing político foi o maior perdedor. Comitês da maldade, idéias criadas sob pressão, linguagem errada ou controversa, linguagem incompreendida pela sociedade. Mas o pior mesmo foi o exemplo de candidatos engessados pelos marqueteiros e se tornaram bonecos diante do eleitorado. Ou o estímulo a agressões e a denúncias que os eleitores e a sociedade entenderam como oportunismos eleitorais. Por fim, a ausência de ciências sociais nas eleições, sufoca os candidatos com a pressão de milhares de palpites que acabam passando pelo marketing e, às vezes, viram monstros causadores de derrotas de candidatos vitoriosos. Espera-se que no segundo turno em Cuiabá, se filtre a campanha pela lógica das ciências sociais e se dê ao marketing político o seu papel de traduzir as idéias em linguagem compreensível, clara, transparente, fiel e construtiva, sem as tensões deformadoras próprias da dinâmica eleitoral. É hora dos pensadores entrarem em campo e dos marqueteiros cuidarem só da linguagem. Onofre Ribeiro é articulista deste jornal e das revistas RDM e Centro-Oesteonofreribeiro@terra.com.br
ELEIÇÕES: MARKETING DE CERA
Oi Pessoal!
Segue meus comentários sobre a análise do jornalista Onofre Ribeiro que enviei anteriormente a vocês.
Abraços a todos.
Elifas

Caro Onofre.

Gostei da análise. Quem perdeu foi o marketing político, mas principalmente os ditos profissionais que pensam que os consumidores, ou melhor, eleitores, não tem vontade própria, cérebros pensantes e que homens e mulheres são iguais a marionetes.

Alguns se julgam sábios, outros deuses da comunicação. Como é do seu conhecimento a propaganda não salva um produto ruim, mas o marketing poderá adequá-lo para as novas realidades, desde que, tenha a matéria prima essencial: o homem.

E julgo que nesta eleição os eleitores desejaram menos política e mais soluções (embora uma não exista sem a outra), menos marketing de cera e mais marketing de gente, menos sistemas e mais sentimentos (não os baratos que se apoiam na miséria humana-estes já morreram, ou no mínimo estão agonizando), mais experiência e menos aventura, mais toque e menos bits, menos gritos e mais sussurros.

Viva o marketing que entende o eleitor e o cidadão e apupos ao marketing que apenas entende o candidato e o poder.

Abraços reais.

Elifas

Aug 27, 2008

Olimpíadas de Beijin
Foi um show chinês e um desempenho pífio dos dirigentes olímpicos.
Estou convencido que os resultados são partes integrantes de um processo de estratégias bem definidas, planejamento adequado, organização eficiente e uma liderança eficaz. A Administração já descobriu isso a mais de cem anos. Os cartolas do esporte brasileiro teimam em trilhar o rumo do amadorismo.
Ouvir as explicações do presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Newman é de chorar, mas de raiva.
Tivemos um desempenho quanto à conquista de medalhas de ouro, é o que vale, inferior a Atenas. Tivemos a maior delegação em jogos olímpicos e as mulheres conquistaram a primeira medalha individual no judô e a primeira de ouro no atletismo, isso é uma verdade, mas é muito pouco diante de uma das maiores economias do mundo.
Temos o nadador mais rápido nas piscinas, mas o que Cielo Pai, ou melhor, Cielo Paitrocinio, disse em alto e bom som (será que a Globo transmitiu isso?) que o apoio governamental foi muito pouco para com o atleta. Pai e mãe do nosso único nadador de ouro nesta Olimpíada foram que praticamente o bancaram. Depois que foi treinar nos USA perdeu o patrocínio dos Correios.
E as outras modalidades como o tiro, declato, maratona, basquete (este nem se classificou), handebol, canoagem e Box mínguam nas academias obscuras deste nosso país, do ponto de vista Olímpico, ainda medíocre.
Péssimo exemplo foi dado pela equipe da ginástica artística (12° lugar). As atletas e a técnica preferiram assistir a final do vôlei masculino a aprender um pouco mais com Russas, Bielo-Russas, Chinesas e Italianas. Ainda preferimos o lazer ao trabalho e ao estudo. Ainda bem que existem exceções neste país de poucos heróis.
As atletas da ginástica feminina até se conformavam com os últimos lugares das finais, sim! Foi um feito terem se classificado para esta fase, mas por que se conformarem, não é Jade? Não é Daiane?
Felipão, Bernardinho tem sua agenda repleta de convites para proferirem palestras para executivos das maiores empresas brasileiras sobre estratégia, motivação, disciplina e liderança. Muitos acadêmicos torcem o nariz para isso. Eu não! Há vida inteligente fora da academia, bem como se faz necessário maior eficiência no processo de gestão do esporte brasileiro.
E o que nós fazemos? Retiramos a Educação Física de grande parte dos cursos superiores. Na Administração isso já era! A educação física a substituímos por mais tecnicismos.
Podemos ter aulas diferentes e resultados nas olimpíadas mais substâncias. Por que não a Administração e o Desporto se aproximaram um pouco mais?! Pense nisso.

Jun 17, 2008

Um desrespeito ao consumidor.

Domingo fui assistir ao Show do grupo Raça Negra no América Café Bar. Solicitei qual seria o horário do Show e recebi a seguinte informação:
"Será a partir das 16h00". Como havia o jogo "imperdível" do Brasil, resolvi chegar mais tarde. Cheguei äs 17h30. Adivinhem qual foi o horário que o Show teve inicio? 23h10. Cinco horas e quarenta minutos depois.

O ânimo, a vontade, sei lá o quê, já tinha se dispersado. Fiquei de teimoso, pois no outro Show (Revelação) após quatro horas de espera resolvi ir embora. Dizem que o Show que estava previsto para as 23h00 começou próximo das 4hoo da manhã do dia seguinte.

Por que fazem isso? Para venderam mais cerveja? Ou água, mesmo custando uma garrafa de 495ml - marca Lebrinha - R$ 3,00? Isso vale a pena? Duvido muito.

Total desrespeito. O nosso povo é muito bom e conformista. Alguns apupos ocorreram quatro horas e meia depois. Olha que eu e minha esposa estávamos no chamado "camarote"com direito a duas cadeiras! Imagino o pessoal que aguardava em pé.

No ano passado conversei com o Maestro Gilberto Mendes, criador e principal responsável pela Orquestra de Flautas do Jardim Vitória (ele fará parte do meu livro, espero conseguir publicá-lo em 2009) sobre as apresentações que fizeram na França. Ele mesmo se espantou com o rigor dos horários: trinta minutos antes não havia praticamente expectadores, cinco minutos antes do espetáculo o local da apresentação apresentava-se lotado. Igual ao nosso país?

Lamento dizer, mas em muitos pontos, e este é um deles, somos um país sofrível. Vou continuar gostando do som do Raça Negra, mas Show deles e da empresa que o organizou não vou mais. O CD é muito mais barato, proporciona mais conforto e não agride o meu coração.

Elifas
Estudo vê semelhança entre cérebro de gays e do sexo oposto
Pesquisa sueca também viu semelhanças entre gays e mulheres heterossexuais.
Um estudo conduzido por pesquisadores suecos mostrou que o cérebro de homens gays é fisicamente parecido com o das mulheres heterossexuais, enquanto o de lésbicas se assemelha ao de homens heterossexuais.
Por meio de exames de ressonância magnética, os cientistas, da Universidade Karolinska, compararam as dimensões dos dois hemisférios do cérebro em 90 pessoas, entre homo e heterossexuais.
Ao analisar os resultados, os especialistas observaram que homens homossexuais e mulheres heterossexuais têm os hemisférios cerebrais simétricos, enquanto os dois lados do cérebro de lésbicas e homens heterossexuais são assimétricos, com o hemisfério direito consideravelmente maior do que o esquerdo.
Os pesquisadores ainda investigaram possíveis diferenças na amígdala, uma parte do cérebro ligada às emoções.
Eles verificaram mais "conexões nervosas" no lado direito da amígdala de homens heterossexuais e lésbicas, enquanto mulheres e homens gays têm mais impulsos elétricos no lado esquerdo.
O estudo, divulgado na publicação científica Proceedings of The National Academy of Sciences, sugere que fatores biológicos que influenciam na orientação sexual, como a exposição à testosterona no útero, também podem moldar a anatomia cerebral.
Útero
O trabalho, coordenado pelo pesquisador Ivanka Savic, teve como base uma pesquisa anterior que detectou diferenças nas habilidades espaciais e verbais relacionadas ao sexo e à orientação sexual.
A experiência mostrou que homens gays e mulheres heterossexuais tiveram bom desempenho em testes de linguagem, ao passo que homens heterossexuais e lésbicas se saíram bem em exames que avaliaram noções de espaço e direção.
Na avaliação do pesquisador Qazi Raham, da Universidade de Queen Mary, em Londres, e autor de estudos na área, não há mais dúvidas de que as diferenças cerebrais sejam delineadas nos primeiros estágios do desenvolvimento fetal.
"Não há mais argumentos, se você é gay é porque você nasceu gay", disse o pesquisadorBBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Jun 6, 2008

Olá!
Veja a que ponto estamos chegando na educação. Com autorização do Professor Roberto Boaventura retrasmito o seu artigo.

Abraços.

Elifas

ESPAÇO ABERTO
Debate de idéias – Informativo da Associação dos Docentes da UFMT – Adufmat - nº 84/2008.
EDUCAÇÃO E GERAÇÕES COMPUTADORIZADAS
Roberto Boaventura da Silva Sá
Dr. em Jornalismo/USP - Prof. de Literatura/UFMT
rbventur26@yahoo.com.br

Recentemente, duas importantes matérias foram publicadas pela mídia nacional. Em uma (FSP: 28/05), tratou-se do lançamento do livro "Geração mais idiota" de Mark Bauerlein. Na outra (Idem: 29/05), apresentou-se o resultado de pesquisa sobre o grau de insatisfação do professor com sua profissão, bem como o desgosto de alunos pela leitura. Por força do ofício, ambas as matérias - interligadas - me convidam para reflexões.
Sobre o livro, muitas das considerações já foram antecipadas por mim em várias aulas. Há algum tempo, tenho exposto aos acadêmicos minhas preocupações com as três últimas gerações, bem como com as gerações vindouras. O motivo é o mesmo apontado por Bauerlein: o excesso tecnológico (tv, celular, games), com destaque à internet. Conforme aquele escritor, a web tem contribuído no "emburrecimento" dos jovens de seu país (EUA).
Para sustentar a tese, o autor diz que "os jovens não lêem. Preferem dedicar tempo a vasculhar vidas alheias e a expor as suas próprias vidas em redes de relacionamento". Afirma que "o que os jovens lêem na rede não lhes acrescenta nada em termos de gramática nem capacidade de elaborar textos". Sintetiza suas considerações, dizendo que "a realidade das práticas na web é só o que poderíamos esperar: expressões e recreações adolescentes".
Infelizmente, isso é verdadeiro e não ocorre apenas na terra do Tio Sam. Por cá também; talvez, ainda mais do que por lá. Exibir-se em orkuts - locus de comunicação narcisista - parece ser a forma como cada um tem buscado para se sentir o mais importante dos seres. E aí, a adolescência extrapola os limites dos anos "teens". Há muita gente "madura" brincando de ser adolescente; tudo para se sentir incluído no "virtual society".
Nos últimos anos, tenho trabalhado com turmas das áreas das ciências humanas e sociais. Com exceções, a leitura dos acadêmicos beira o nada. O repertório cultural da maioria é raso; por isso, é incompatível com o espaço acadêmico que ocupa. Muitos não têm informações sequer de telejornais. Quando as têm, a leitura de profundidade aproxima-se do nível zero. Logo, a escrita é mais do que elementar; é rudimentar.
Dessa forma, o governo, investindo tanto recurso em computadores, está contribuindo mais do que o necessário com uma fatia da indústria afim. Sob fachada discursiva de inclusão, pode estar apostando na deformação escolar. Para a maioria da criançada e da juventude - mesmo que inteligente e criativa - a internet não tem sido o caminho adequado a nenhum tipo de estudo. Afinal, apenas 6% aproveitam bem a tecnologia. Por isso, muito dos investimentos deveria ser aplicado na valorização do professor e na formação e atualização de bibliotecas reais; até porque, o grau de insatisfação do profissional passa tanto pelo aspecto financeiro quanto pelo baixo desempenho dos alunos.
Hoje, ser professor já é sinônimo de degradação social. Até programas de humor ridicularizam a profissão em relação a outras. Há algum tempo, um personagem professor - interpretado por Chico Anísio -, tendo de lidar com "dificuldades" de seus estudantes, brincava com o baixo valor de seu salário. Tirando o caricato do riso, as tais "dificuldades", na salas de aula reais, advém da pouca leitura realizada pela maioria.
Isso se comprova com pesquisa recente: 45% dos estudantes brasileiros não gostam de ler. Quando lêem, os preferidos são a bíblia e livros didáticos. Resguardando a importância desses gêneros, assim fica difícil o trabalho crítico; qualquer formação escolar infantil e/ou juvenil está previamente condenada. Para agravar esse desgosto pela leitura, literalmente, a maioria está presa na rede, mas se pensa livre e globalizada. Ilusão de época!

May 31, 2008

Algumas idéias sobre metodologias para o ensino de Administração na graduação

Gostaria de socializar algumas idéias que venho remoendo já algum tempo e talvez seja o momento de externá-las. As sugestões passam por três linhas, a saber:
A primeira entende que temos um aluno muito distante dos anos 70, diferente e atento para novas instigações. A segunda trata da aplicação dos conceitos teóricos e a terceira da infra-estrutura das salas de aula.

Diante deste triângulo, proponho um recheio um pouco diferente do que estamos acostumados, que somados ao método tradicional e as mudanças propostas pelos demais colegas professores e professoras possamos aprimorar o nosso curso de Administração. Abaixo segue algumas das idéias a serem discutidas.

a-) Volta da Educação Física (como disciplina ou buscando o conceito de transversalidade e de integração) no conjunto de disciplinas do curso ao longo dos quatro anos. Poderíamos trabalhar liderança, estratégia, organização, processo de tomada de decisão, etc.

b-) Criação de uma “empresa modelo”, seja ela agrícola, hospitalar, serviços ou comércio para aplicação efetiva dos conhecimentos adquiridos.

c-) Integração com outros cursos da UFMT como agronomia, florestal, veterinária, medicina, nutrição, educação, etc (as alternativas “b” e “c” podem estar juntas).

d-) Apoio intensivo a Fácil – Consultoria e a Arca Multincubadora permitindo um professor com dedicação às organizações.

e-) Busca de outros ambientes de ensino. Aumento das horas aula fora das salas tradicionais: Pesquisas, visitas técnicas, aulas-campo. (O Prof. João Carlos tem falado sobre o assunto).

f-) No primeiro ano aulas integradas com o curso de Ciências Contábeis, dedicadas as disciplinas comuns.

g-) Ampliação das salas de aula (o dobro do espaço) para o primeiro e segundo ano.

h-) Equipar todas as salas de aula com equipamentos multimídia + internet.

i-) Precisamos ter foco. Criarmos diferenciais em nosso currículo a fim de termos a pretensão de sermos reconhecidos nacionalmente. Continuaremos no geral e seremos mais um ou seremos gestores da selva, do gado, do ambiente, da micro e pequena empresa, da cooperação, do ensino a distância, enfim de quê?????

j-) Encaminhar a disciplina de Marketing para o terceiro ano de curso. Os discentes não apresentam amadurecimento profissional no segundo ano de curso.

Se pensar mais um pouco sai mais (risos), mas por enquanto basta.

Abraços.

May 26, 2008

Oi Pessoal! Na semana passada estive em Sorriso para ministrar o módulo de Gestão de Marcas no curso de Marketing e Gestão de Pessoal pela Faculdade de Sorriso. A cidade está fantástica. Gente bonita e cheirando a desenvolvimento.
Conversei com o taxista que me levou de volta a rodoviária e este me disse que nenhum de seus colegas, inclusive ele, faturou menos de R$ 5.000,00 durante o período de exposição que havia ocorrido na semana anterior. Ele morava em Sinop e não tem nenhum arrependimento de ter trocado o Si de Sinop pelo So de Sorriso.

Gostaria de ter encerrado o módulo com a poesia que transcrevo abaixo, mas eu e os alunos estavamos tão cansado que simplesmente esqueci. Vejam a profundez das palavras de Drumond sobre as marcas.

Abraços.

Elifas


Eu, etiqueta

Carlos Drummond de Andrade


Em minha calça está gravado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório
um nome ... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo.
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar a identidade.
trocá-Ia por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas
e bem á vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a comprometeu.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio de estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece curro signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.

Apr 26, 2008

BIG BROTHER BRASIL (AINDA EM TEMPO)

Incrível o poder de fogo do programa Big Brother exibido pela Rede Globo de Televisão. Estava na última terça feira, dia 05 de fevereiro, na Pizzaria Torre de Pisa para comer uma deliciosa pizza de atum e tomate seco e rúcula. Os proprietários instalaram um telão, nada contra os telões pois podiamos assistir uma bom show ou até a transmissão do jogo do São Paulo.
Brincadeiras a parte, talvez não tenha sido uma grande idéia dos empreendedores, pois a maioria das pessoas vão para comer e para conversar. Veja esta esta estatística made in elifas:
Havia 21 mesas ocupadas. Quando do desenrolar do evento 11 a 13 mesas paravam de comer ou conversar para assistirem o programa. No momento da eliminação da participante 18 mesas pararam tudo o que estavam fazendo para assistirem a eliminação da Talita ou seja 85,7% dos presentes. Havia um casal que o homem ficou de costas para a mulher para conseguir uma melhor posição para visualizar o choro da componente excluída. Isso póde????
Conversamos tão pouco em nossas casas e no momento do lazer, tome televisão. Isto que é distribuição, Coca Cola e Omo perderam suas posições exemplares. Lamento muito tudo isso. Ainda quero acreditar no valor de uma boa conversa.
for(var i=0; i
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if (typeof(theTemplate) != 'undefined' && theTemplate.hasFlashNavigation == "true") {
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var url;
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if (typeof(URL) != "undefined") URL.processLinkz();

Apr 24, 2008

A Máfia do combustível.

Aconteceu o que todo mundo já sabia: Os preços que pagamos pelos combustíveis nos postos são combinados anteriormente. Lei de mercado? Oferta e procura? Ninguém acredita nisso. Mas como provar?
O Ministério Público mostra o caminho. Não vai ser fácil, mas já é um inicio.
Conversei com alguns colegas e estes me disseram que caso algum distribuidor de combustivel não seguisse as "recomendações" passava por privações e ameaças.
Nós pobre consumidores nos reconfortamos com tal acontecimento.

Qual o empresário que tem vontade de entrar de forma ética neste mercado?

Conversamos depois...

EGJ

Apr 22, 2008

Olá!

Após assistir o depoimento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Trota Jatobá, pai e madrasta de Isabella, a menina de seis anos brutalmente assassinada, ainda não se sabe por quem (pelo menos os suspeitos ainda não foram condenados pela Justiça), não me resta nenhuma dúvida quanto ao brutal assassinato da lingua portuguesa durante a entrevista do casal transmitida pela Rede Globo de Televisão no último domingo.

O casal, principalmente o pai, deveria ser acusado de bom exemplo de como não responder perguntas, mesmo que, quem sabe, treinadas quanto ao conteúdo e destroçadas quanto a forma.

EGJ

Apr 17, 2008

Cuiabá, 02 de Abril de 2008.


Ao
Hospital e Maternidade São Matheus
Av. Aclimação, 335 – Bosque da Saúde
Cuiabá – MT.


A/C: Dr. Ademir Lúcio de Amorim, Dr. Altino José de Sousa, Dra. Eveline Meirelles G. Lima, Dr. Idvaldo Messias, Dr. José Eduardo Rossi Nassif e Dr. Wanderley Ferreira Filho.

C/c: Dr. Kamil Hussein Fares - Presidente Unimed Cuiabá
Dr. José Ricardo de Mello - Presidente Sindessmat
Dr. Djalmas Ribeiro de Castro


Ref.: Um Almoço “Sui generis”


Prezados Gestores

Escrevo-lhe em defesa dos profissionais que prestam serviços a esta unidade de saúde que teimam em atender clientes na hora sagrada de suas refeições.

Defensores do esforço getuliano encontrariam com facilidade, leis, capítulos, parágrafos, incisos e artigos que abominariam o descalabro do descumprimento realizado diante de testemunhas inertes.

Certamente Chaplin, no reino dos céus, aproveitaria a fatídica cena e a incluiria na nova versão de Tempos Modernos. Engels e Marx remoeram-se em seus túmulos diante do escárnio do capital diante do trabalho; entretanto há lacunas ocupadas por pessoas que ousam desafiar esta lógica.

O descalabro que tratam o ensino da língua portuguesa, nossos governantes principalmente, postados pela maioria dos brasileiros, diante do fracasso de transmitir as premissas básicas que norteiam a língua pátria nas séries iniciais da vida escolar, causam desconfortos ao longo da vida que um Aurélio ou um Houaiss mereceriam saber, pois dele fariam melhor uso.

Às vezes uma palavra ou a ausência dela, inserida em um pedaço de papel de tons esverdeados, de códigos que nós, meros mortais, passamos desapercebidos, causam vermelhidões em rostos pálidos e lágrimas que aportam em faces de espanto.

Burocratas da dita cooperação, cegos institucionais que vagueiam pelo mundo das metas esqueceram uma palavra, só uma palavra! Palavra que pode ou poderia anular o bisturi, a cura, o sonho, o fôlego.

Diria a professora primária: cuidado com a escrita menina! Às vezes, ela tem o poder de mudar. Esqueceram da frágil substituição – acho que foi essa a palavra. Que confusão!

Atormentados por mais de sessenta minutos e prostrados na recepção do hospital, aguardávamos autorização da cirurgia do períneo, pois o outro procedimento, de incontinência urinária mostrava-se aparentemente sem problemas.

Para médico, paciente e acompanhante, estava desde tempos, devidamente permitida e que, por bons momentos o sistema de autorização de cirurgias eletivas “teimava” em não reconhecê-lo.

Por insistência incomum da equipe administrativa resolveu-se o problema que desconhecíamos.
Antonio Damásio, pesquisador e médico neurologista ao escrever O erro de Descartes e O mistério da consciência, ou ainda de Joseph LeDoux em sua obra O cérebro emocional, contribuíram com a formação da ponte científica entre o mundo da medicina e da administração, provavelmente classificariam o cloreto de sódio, diante do poder de algumas emoções, como um menino aprendiz na contribuição de aumentos perigosos da pressão arterial.

Nossa filha de seis anos o identificou na revista do hospital e o chamou de José. Que importa? O José, a Márcia e equipe de gente brava, aliás, brava gente!

Prefiro chamá-lo de João, de João Laércio Moreira, brilhante ex-aluno que supera o mestre com virtude e sabedoria.

Leitor voraz de olhares sabe quando é necessária a ação gerencial madura diante da gélida indicação de softwares, que mal alimentados – a palavra é adequada diante do tema - só tendem a colaborar com processos inadequados. Exemplo profissional que deveria contagiar a todos os Administradores Hospitalares mato-grossenses.

Parabéns Ademir, Altino, Eveline, Idvaldo, José Eduardo e Wanderley, por permitirem a condução desta organização de saúde em mãos que equilibram a emoção e razão!

Esta é a nossa maneira de agradecer e reconhecer o auxílio na resolução da autorização da cirurgia de períneo conduzida por mãos experientes do Prof. Dr. Djalmas Ribeiro de Castro.

Obrigado João Laércio e colaboradores do Hospital São Matheus!

Ah! O almoço?! Para alguns Patchs da vida o filé e as ervilhas poderiam esperar.

Elifas Gonçalves Junior e Lenira Alves Aparecida Gonçalves