Oct 19, 2007

Palestra: Criatividade e Inovação em Tangará da Serra,/



No último dia 16 estive a convite do Departamento de Administração da UNEMAT-Tangará da Serra para ministrar a Palestra Criatividade e Inovação como segundo palestrante da IX Semana de Administração.



Os estudantes de Administração e Ciências Contábeis mostraram-se interessados no tema, principalmente quando "casamos" a emoção e a razão nas organizações. Parece que ao longo do tempo a razão vem imperando de formar glamorosa e agora há uma tentativa de equilíbrio neste quesito.
Imaginem a questão: É possível estabelecer junto a uma planilha de excel o amor pelos seus filhos?
Pense nisso. Bom final de semana.
Elifas
Dicas Judaicas de economia! Olha que meu nome é Judeu!!!!

**N° 1O pai judeu falou:- Isaac já fez?- Sim, babai.- Jacob já fez?- Sim, babai.- Sarah já fez?- Sim, babai.- Raquel já fez?- Sim, babai.- Então bode dar a descarga...

Nº 2- Isaquinho, vai pegar martelo na casa de Abraão.- Abraão não está, pai.- Pega martelo na casa de Jacó.- Jacó emprestou martelo pra Levi.- Então vai pegar martelo com Levi.- Levi foi viajar. - Então pega nossa martelo mesmo!

Nº3O Isaac foi na zona, escolheu uma menina e foi logo perguntando:- Quanto?- 50 reais - responde ela- E com sadomasoquismo?- É para você me bater ou apanhar? - Para eu te bater!- E você bate muito?- Não, só até você devolver o dinheiro!

Nº 4O judeu convertido vai se confessar:- Padre, há 20 anos atrás, eu abrigou uma refugiado da guerra. Qual omeu pecado? - Meu filho, nisso não há pecado, você fez uma caridade!- Mas, padre, eu cobrar aluguel dele.- Tem razão, meu filho, isso é pecado! Reze 3 Ave-Marias e um Pai-Nosso...- Só mais um pergunta, padre! Devo falar pro ela que o guerra acabou?

Nº 5O Jacob vai colocar um anúncio no jornal.- Gostaria de colocar um nota fúnebre do morte de meu esposa, diz ao atendente.- Pois não, quais são os dizeres?- Sara morreu!- Só isso? espanta-se o rapaz. - Sim, Jacob não quer gastar muito.- Mas o preço mínimo permite até 5 palavras.- Então coloca: "Sara morreu. Vendo Monza 94 ."

Nº 6Jacob levou o Jacozinho, seu filho de 6 anos, a um parque de diversões. Dentre as atrações existia um que chamou em especial a atenção do garoto:"Vôo panorâmico de helicóptero".- Quero levar minha filhinho pra passear, disse Jacob ao piloto.- São US$ 100,00, foi a resposta. Lógico que o judeu não aceitou e como o garoto começou a chorar opiloto propôs uma solução:- Eu levo você e seu filho. Se você não gritar durante o passeio eunão cobro nada.E assim foi. Durante o vôo o piloto deu rasantes, piruetas, desceu e subiu bruscamente e Jacob, com os olhos arregalados, mudo como umarocha...Quando a nave pousou, o piloto perguntou a Jacob:- Em nenhum momento você deu um pio sequer... não sentiu medo e vontadede gritar? -Eu sentiu muito medo e quase gritou, principalmente quando a Jacozinho caiu. *

Sep 24, 2007

Sexta-feira passada, dia 21, a convite das Faculdades Integradas de Diamantino, proferi aula inaugural do curso de Pós Graduação em Gestão Empresarial. Esta foi a primeira parte da palestra que denominei Smull – um homem e seu destino.

Sudeste Polonês, manhã fria de novembro de 1923, exatamente na metade do mês, na pequena cidade de ZAGLIKOF, nascia ESMIL, terceiro filho do casal Judeu do total de sete irmãos.
Smil apaixonado pelo trabalho, já seguia os rumos da carpintaria que seu Pai SUCKER, homem forte e severo trilhava.
Tempos difíceis e de pobreza que precediam a segunda guerra mundial. Não raro à luz de velas a família se reunia sob a batuta de ILEVA, a sua mãe, diante de algumas velas e nada para comer. A lembrança é forte, principalmente as lágrimas que escorriam do rosto de todos. Roupas, apenas as dos irmãos mais velhos quando já não serviam. Sapatos? No frio intenso, panos e cordas para protegê-los.
Cadeiras, mesas, armários, bancos e até caixões recebiam as marcas das mãos fortes de SUCKER e seu filho ESMIL. Havia apenas um metro para medir e não foram raras as vezes que corpos inertes, sem vida eram medidos por cordas cheias de nós para o feitio da caixa fúnebre de madeira produzida por mãos judias.
Sempre que podia o aprendiz de carpinteiro saia de ZAGLIKOF e a pé comprava bezerros em locais distantes e pobres e os revendia em comunidades mais abastadas.
A família muda-se para a aldeia próxima de LIPA, cidade de uma rua só, muito comprida é verdade, mas onde se esperava melhores condições para a família.
EM LIPA o jovem SMULL vê a figura sob um cavalo do primeiro soldado Alemão.
Na madrugada de 01.09.1939 a Polônia é invadida pelos Germânicos. Dois dias depois a Inglaterra e França declaram guerra à Alemanha.
Setenta e duas nações envolvidas, inclusive o Brasil, 45 milhões de mortos, 7,5 milhões provenientes do holocausto, destes quase seis milhões de Judeus, além de ciganos, testemunhas de Jeová, homossexuais, dissidentes políticos, deficientes mentais e tantos outros.
Os Judeus foram obrigados a se identificar e usar a estrela de Davi. Muitos foram transferidos para o bairro judeu de Varsóvia. Num verdadeiro amontoado humano, pequenos quartos acomodavam sete a oito pessoas.
Milhares sucumbiram a fome e ao frio, muitos corpos eram abandonados nas sarjetas, apodreciam. Onde viviam 100.000 pessoas contava no ápice, do então conhecido historicamente como Gueto de Varsóvia 400.000 seres humanos. O contrabando de batatas, cenouras e beterrabas eram punidos com o fuzilamento imediato. Crianças não eram poupadas.
No ano de 1940, SMIL, pais e irmãos são arrancados de sua casa em LIPA e conduzidos a pé a antiga cidade de ZAGLIKOF. A saída foi tão rápida que não houve tempo para retirar o pão do forno que estava já assado.
Em ZAGLIKOF os judeus da região foram selecionados. Os mais fortes ficavam. Mulheres, crianças, velhos e doentes eram conduzidos a antiga Sinagoga. Lamentos e choros eram ouvidos, sabiam que seriam conduzidos para a morte, especificamente foram conduzidos ao campo de extermínio de TREBLINKA. Isaac, o filho franzino e caçula de Schucker jamais seria visto novamente, Smil jamais também não voltaria a ver as irmãs e sua mãe ILOVA.
1942 Smill e SUCKER são enviados ao campo de concentração de BUTZING.
SOUBIBORN, MAIDANING, BIRKENAU, AUCHIVITZ eram o nome dos outros campos da eficiente e competente máquina de morte das SS.
SMILL sobrevivia. A sua luta era para chegar com vida até o dia seguinte, mesmo nos momentos mais difíceis quando teve de encontrar nas lixeiras de BUTZING cascas de batata para cozinhar. Punido pelo abuso comeu-as ferventes e 25 açoites de chicote foram desferidos em suas costas.
MAS SMILL continuava a sobreviver mais um dia.
MAIDANING, este era o novo endereço de SUCHER E SMILL.
NOVO ENDEREÇO PARA A LUTA POR MAIS UM DIA DE VIDA.
As câmaras de gás não param de funcionar. A eficiência germânica é evidente. Eficiente. Eficaz.
Dos enforcamentos, fuzilamentos, do monóxido de carbono emanado de caminhões possantes, encontraram o produto perfeito para a morte rápida, de baixo custo, de utilização de pouca mão de obra. A criatividade e inovação aliada a competência da indústria química alemã ajudaram a tombar aproximadamente 2.000, dois mil, dois mil seres humanos por hora, que depois seriam cremados a 700 graus centígrados.
A eficiente indústria alemã já pensava em reciclagem e antes de irem para os fornos crematórios, dentes de ouro e prata, armações para óculos que ainda podiam ser usadas e pasmem algumas peles humanas eram reaproveitadas.
10 MINUTOS bastavam para a morte, mas por precaução, uma hora se aguardava para se abrir um pequeno visor sob a grande porta que se abria para fora, totalmente vedada, para que não houvesse o mínimo de esperança para obtenção do oxigênio, este precioso gás que nos permite a vida.
Ácido Cianídrico – Cristais De Acído Cianídrico, eleito por ser o gás que matava mais rápido, no mercado conhecido como “ZIKLON B” (Ciclone), um poderoso pesticida para combate ao piolho e outras infestações de insetos. Produto fabricado pelo conglomerado químico alemão conhecido como IG FARBEN. Após a guerra as empresas voltaram a utilizar os nomes originais; BAYER, BASF, HOESCHT e AGFA.
SMULL sobrevivia a tudo isso.
1944 – A Alemanha dava sinais claros de que teria muitas dificuldades para vencer a guerra. SMULL pede para ir ao banheiro e adentrando a mata percebe que as vozes dos soldados alemães vão se enfraquecendo. Era a hora de fugir. Cinco dias na mata.
Os Russos chegam a Polônia e a situação torna-se menos agressiva.
Em TRACHINIK SMULL pede abrigo em uma padaria em troca de trabalho. Pão e calor eram tudo o que ele queria.
Volta a ZAGLIKOF e o fogo consome as casa do bairro judeu. Vai a LIPA e vê sua antiga casa invadida por uma família Polonesa. SMULL reclama e é preso.
Libertado encontra SÉSIA sua irmã mais velha, que conseguiu fugir da Sinagoga através de uma janela. Encontra o Pai na Alemanha em um campo de prisioneiros e o irmão... mais velho que havia se alistado nas Tropas Russas.
O ESPÍRITO EMPREENDEDOR de SMULL volta a aparecer e com alguns Rubros emprestados de SÉSIA vende vodka polonesa aos Russos pelo dobro do preço que compra.
Viaja por toda a Polônia onde compra produtos abundantes em uma região e os vende onde são escassos.
Em LUBLIN tem toucinho, mas não tem roupas. Em LUCKNA tem roupa, mas não tem carne.
SMULL consegue economizar US$ 3.000,00 e vai para a Alemanha.
Na Alemanha do pós-guerra ele nota que Desembaraço E Boa Aparência São Fundamentais Para Os Negócios.
Da Alemanha leva ASPIRINA para a Polônia. Da Polônia leva Couro para a Alemanha. Vai de carona, de trem, a pé...
Do lado oriental de Berlin vende café brasileiro importado pelos Russos para o lado Alemão.
ONDE HÁ BOA CHANCE lá está o comerciante.
O destino de forma sarcástica cruza o seu caminho e uma alemã, metodista, de 18 anos, vendedora de uma loja de sapatos. Seu nome: Yana. Esta seria a mãe de seus três filhos.
Abre uma Delicatessem, o primeiro ponto fixo, mas o negócio não dura muito.
SMULL pensa em novos ares e recebe o convite de amigos para conhecer a Bolívia. Suas economias nesta época chegavam a US$ 7.000,00.
EM 27/12/1951 parte para a América do Sul.
Na Bolívia, quase leva um tiro de bala perdida e a instabilidade política o afugenta do país.
Há uma tia no Rio de Janeiro. Smull pede a Yana que o aguarde junto com seu primogênito e que em breve voltaria.
Do Rio para São Paulo, o bairro do Bom Retiro, de lá para São Caetano do Sul, cidade movimentada e de grandes oportunidades. De amigo a amigo, conhecendo poucas palavras em português lhe é oferecido um negócio que se encontrava ainda em fase de pagamento, com 200 clientes, muitos inadimplentes, uma charrete e um cavalo. O proprietário aceita pequena entrada e depois em prestações.
É CHAMADO DE LOUCO!
O mascate judeu conhecido pelo bom humor, em três anos paga as dívidas e a freguesia sobe de 200 para 2.000 clientes, todos anotados em um caderno.
EM NOV DE 1957, ARÃO WASTERMAN lhe oferece uma loja com um nome estranho para um Judeu Polonês, mas que traduzia a origem da maioria de sua freguesia, nome sábio e que permanece até hoje.
Este eterno sobrevivente, do nada e próximo as rondas da morte, construiu um império organizacional com mais de 340 lojas em mais de oito estados do Brasil. Mais de três BILHÕES E MEIO DE FATURAMENTO anual, considerado o maior anunciante brasileiro, estudado por professores e pesquisadores de Administração no Brasil e no mundo.
Aos 84 anos de idade, SMULL, nome Polaco para Samuel, este senhor que carrega ainda um forte sotaque, da família KLEIN dá início a nossa palestra.
ESTA É A HISTÓRIA DE SAMUEL KLEIN, SMULL EM POLACO, O DONO DAS CASAS BAHIA.

Aug 27, 2007

Dois ou mais documentos?
Seu humor pode ser definido pela resposta a esta pergunta. Se você tem até dois documentos pegue a fila à esquerda e se tem mais pegue a fila à direita. Até aí tudo bem! Talvez seja uma forma que encontraram para atender, ou punir, as pessoas que preferem pagar os documentos nos caixas tradicionais, que estejam com as contas atrasadas, um verdadeiro sacrilégio para o sistema, ou ainda que gozem de benefícios por pagarem as suas contas no vencimento, como exemplo o carne de mensalidades de muitas escolas.
O que relatarei aconteceu com a minha esposa na última terça feira, pois esqueci, desgraçadamente de pagar a conta do provedor Terra relativa ao site http://www.elifas.adm.br/.
Passaram-se setenta minutos entre a entrada no Banco do Brasil, agência Fernando Correia, e saída após um verdadeiro estresse. Eram dois boletos, um de hospedagem, o outro de manutenção de domínio e os quatro carnes do Sesi Escola, já que alguns bancos não aceitam o pagamento, mesmo estando em dia, provavelmente pelo tempo para recebimento em contrapartida as taxas bancárias relativas ao serviço, pois há duas operações de desconto a serem realizadas, diante da falta de pessoal, a luta por menores custos e maiores lucros e o tempo de vinte quinze ou vinte minutos destinados pela força da lei no município de Cuiabá ao tempo máximo que os usuários dos serviços bancário devem ser atendidos. A mensagem que pode ser pago em qualquer agência integrada ao sistema de compensação até o dia do vencimento precisa ser revista.
Os caixas eram tão lentos que pareciam recem contratados. Depois se descobriu que realmente eram os seus primeiros dias na agência, os mais experientes foram transferidos.
A lei dos vinte minutos poderia ser evocada, simplesmente foi esquecida ou o desgaste para um processo não valeria o trabalho. Sabemos que nos Tribunais é necessária a prova, como poderia ser registrado a entrada na agência? Talvez com testemunhas que provavelmente estivessem tão descontentes como minha esposa, mas quantos vão a um posto bancário com essa intenção?
Por obra do destino a caixa mais lenta era a responsável por atender a fila das vítimas que tinham mais de dois documentos. Dúvidas constantes, ausências para esclarecimentos, mais dúvidas, temor em receber documentos que não tivessem a autorização para autenticação e mais os aposentados. Esses cidadãos, com mais de sessenta anos, que devemos respeito e que muito contribuíram com o país, tem por força de lei a preferência no atendimento. Até aí tudo bem! Mas as empresas usarem este benefício do cidadão para levarem vantagens, isso não! Muitas empresas contratam cidadãos sexagenários para serviços de bancos, pois a fila para eles praticamente inexiste. Isto não é inteligência de logística é burrice de marca, caso os seus agentes estivessem uniformizados, coisa que poucos têm coragem de desfilar.
Para finalizar, o Senhor que estava querendo exercer o “furo cidadão”, com a pasta cheia de documentos teve que aguardar a sua vez. Sessenta minutos para atendimento e muitos boys antigos, foi a gota que faltava a esta calma criatura de Jaciara.

Jun 1, 2007

OH SENHOR! LIVRE-ME DOS EXAGEROS DO MARKETING

A Garantia Estendida.

Sempre tive vontade de escrever sobre os exageros do marketing. Isso não aconteceu por acaso, surgiu depois de dezoito anos trabalhando com a disciplina. Como gerente de vendas; marketing, microempresário na área de treinamento, jóias e alimentação e especialmente como professor.

Mostrarei os exageros daqueles que fazem de tudo, ou quase tudo para vender. Irei separar, embora muitas vezes possa não conseguir, as técnicas lícitas legitimamente usadas no mundo mercadológico das ilícitas ou vulgo tranbicagens.

Será um alerta aos profissionais de marketing e um instrumento de defesa aos consumidores. Mas por onde começar?

A estréia será com a pressão exercida sobre os vendedores do comércio varejista, principalmente na venda de eletrodomésticos e eletro-eletrônicos: a garantia extra. – “Tem que vender”. As operações de venda que não acusam a famosa “garantia extra”, são observadas pelo corpo gerencial e o vendedor pode ser chamado à atenção por não ter conseguido a assinatura do consumidor nos termos de compra.

Como qualquer contrato típico há inúmeras cláusulas com letras miúdas e poucas favoráveis ao comprador. Alguns só faltam escrever: Se usar ou ligar na tomada a garantia se expira automaticamente.

Na verdade trata-se de uma extensão de garantia, um seguro. Geralmente duplicam o prazo de garantia estipulado pelo fabricante. Esta modalidade de investimento tem ajudado muita gente, mas algumas lojas “forçam” exageradamente a venda. Parece o Botini, apresentador-vendedor do Shopping Mix: “Compre”, “compre”, “compre”.

Não temos que comprar nada. Mas o momento é propício e o cliente desavisado e emocionalmente envolvido com o produto e o processo de compra o adquire. São mais alguns reais que se vão. Há! E se precisar prepare-se para a burocracia. Os vendedores recebem forte treinamento para vender, mas pouco para atender as reclamações, alguns apenas conseguem mostrar onde fica a assistência técnica autorizada ou informar o número do telefone.

Na próxima compra vá avisado. Se o vendedor insistir muito na venda desses adicionais, imagine a pressão que é exercida sobre este profissional e reveja se realmente estão interessados em você ou em apenas em aumentar as margens de lucro e as parcas comissões.

Olhex neles.

Apr 9, 2007

Dá um jeitinho professor.

A Universidade está perdendo a disputa do tempo de alunos de graduação.
Nos catorze anos de minha vida dedicada ao ensino universitário tenho observado o lento mais constante firmeza de muitos alunos de graduação e pós-graduação em relegarem a universidade ao segundo ou terceiro plano. Confesso que setores desta mesma organização superior os incitem diante de ações burocráticas e voltadas para si mesmas a procurar este caminho.
Quando conseguem adentrar a organizações de porte e que vislumbram o progresso na carreira deixam a universidade, ou melhor, diminuem o ritmo de estudos e a freqüência nas aulas. Quando consegue estar em sala de aula está cansado.
É visível o esforço de muitos para se manterem atentos às explanações. Em termos práticos a universidade tem feito muito pouco para este público. Ainda encaram os discentes com todo o tempo para o estudo, sem outras necessidades a serem supridas.
As empresas em algumas situações detêm mais informações e as repassam aos seus colaboradores do que as instituições de ensino superior periféricas, talvez por terem mais verbas destinadas a formação de seus quadros, pela maior facilidade de contratação de consultores e pesquisadores. Vejam um exemplo: No próximo mês de novembro haverá um encontro internacional com algumas autoridades internacionais em gestão: custo do evento incluindo passagem aérea e hospedagem, aproximadamente seis mil reais. Há poucos recursos públicos para eventos desta natureza, poucos professores têm a oportunidade de estarem presentes.
O calor da juventude de muitos alunos talvez turve a visão para poderem enxergar o quanto a universidade ainda pode os ajudar, principalmente incitando-os a pensar, este recurso próprio do ser humano que muitos teimam em esquecer.
No encerramento das aulas deste ano, recebi a visita de um dos estudantes do curso de Administração, pedindo para dar um jeitinho para ser aprovado, pois esteve impedido de participar das aulas, nem realizar os trabalhos em sala, muito menos o trabalho de encerramento de disciplina por um motivo profissional inadiável. Tentei remediar a situação explicando que tinha algumas regras a seguir e precisava respeitá-las. Isso não o convenceu.
Diante da insistência expliquei que colegas de sala tinham feito grandes esforços para concluir a disciplina, e que um deles viajou de Brasília a Cuiabá para não ultrapassar os limites de faltas e que ainda outra colega, apesar de assistir o pai com câncer se esforçou para terminar as atividades.
Ainda não convencido disse-me: "Professor dá um trabalho e seja compreensivo. Sei toda a matéria."
Não segui a sugestão do discente. Perguntei: - A Universidade que você deseja será a do trabalhinho? Senti que pela primeira vez o toquei. Mas ele queria era ser aprovado e ponto final.
Como aprovar desrespeitando normas (isso não quer dizer inflexibilidade), não respeitando aqueles que assistiram às aulas, que contribuíram com o conhecimento dos colegas, deixaram filhos, esposas, horas de lazer para estarem discutindo o conhecimento? Não acho isso correto, mas sofro os desgastes desta situação.
Tenho fé na educação e que, mais cedo ou mais tarde, a vida nos mostra caminhos que devemos percorrer. Este é apenas um deles.

Prof. Adm. MSc. Elifas Gonçalves Junior

Março de 2007
A escola, o avião e a palestra: um trio clamando por educação.

Situação 1: Sesi Escola – unidade Morada do Ouro.

Diante do portão de entrada da escola recentemente foi incluída uma faixa de segurança para pedestres. A mais ou menos cinco metros atrás, uma placa de proibido parar e estacionar foi colocada, além de sinalização de solo indicando o sentido para vans escolares e carros particulares. O que acontece? Pais ignoram a placa indicativa de direção e a de proibição e pasmem, estacionam sobre a faixa de segurança, quando não ficam buzinando para apressar os filhos a entrarem logo nos carros.
Para quê?

Situação 2: Aeroporto Marechal Rondon – Várzea Grande – MT.

Cabine de passageiros de uma aeronave da empresa aérea TAM que acabava de pousar na pista mato-grossense proveniente do Aeroporto Juscelino Kubistchek de Oliveira - Brasília. O avião taxiava na pista e apesar dos avisos luminosos de não desatar cintos, grande parte dos passageiros já se levantava e abria o compartimento de bagagens de mão, apesar de saberem quando da parada total da aeronave, como já provou Newton, há um movimento de ação e reação e todos num ritmo de axé, num vai e vem, movimentam a cintura da esquerda para a direita, ou de frente para trás, ou vice-versa conforme a posição do corpo.
Para quê?

Situação 3: IX Fórum internacional de criatividade e inovação – Aracajú-SE.

Apesar dos avisos dos organizadores e dos palestrantes para que os participantes desligassem o telefone celular, alguns simplesmente o ignoravam. Como dizem os gaúchos: Báh! Era: Tim, Claro, Vivo e Oi a todo instante. Mas havia uma solução: As pessoas se curvavam e tentavam falar baixinho. As mulheres de cabelos compridos tinham um artifício: o colocavam para frente, acredito, para minimizar o incomodo ou para disfarçar o diálogo.
Para quê?

Alexandre Garcia já se pronunciou sobre o assunto, mas não me contenho em comentá-lo. Será que a lei de Gerson é a cara do povo brasileiro? Insisto em pensar que não, pelo menos para uma parcela da população brasileira, isso não pode ser verdade.
Os pais transgridem as regras em um ambiente educacional diante de seus filhos menores para não andarem cinco ou seis metros? Para economizarem tempo? Um ou dois minutos. Para quê?

Os passageiros assentados em poltronas instaladas mais atrás da porta dianteira da aeronave economizariam algum tempo se adiantando? Talvez alguns minutos caso não tenham que retirar a bagagem, e se tiverem, não vai adiantar absolutamente nada, pois a maioria as possui. Para quê?

Hoje provavelmente é chique, quando encontramos uma pessoa que não usa o celular por opção, que consegue administrar o seu tempo e, talvez, possa parecer um contraste, um paradoxo, diante de tanta tecnologia.

O que está acontecendo? Parece que os valores individuais suplantam os valores coletivos. Tenho estudado sobre o cérebro e o comportamento humano e para minha surpresa as literaturas científicas acusam que esse comportamento pode ser considerado normal.

O cérebro reptiliano, o primitivo, talvez atue nestes momentos. A necessidade instintiva, básica de sobreviver, de ser o mais rápido, de levar vantagem vem à tona. O coletivo, a vida em clãs até o advento das megalópoles, da pré-história a sociedade pós-moderna e o ambiente cooperativo foi uma invenção humana para continuar a sobreviver diante das dificuldades ambientais. O homem vivendo em comunidade é menos vulnerável do que o solitário. A necessidade de sobreviver é o instinto mais forte da raça humana, inclusive superando o desejo de perpetuação da espécie.

Diante das dificuldades o ser humano se uniu. A necessidade de conviver com outros seres obrigou a criação de regras para o convívio harmônico. O respeito a elas é sinônimo de grupamentos sociais mais evoluídos e a educação é a ponte, o portal para este salto qualitativo, mesmo que dentro deste ambiente, pais, passageiros e estudantes teimem em não acessar o córtex cerebral.

Elifas Gonçalves Junior
Abril/2007

Feb 26, 2007

Cidade Limpa
Digesto

Acompanhei de longe a tarefa do executivo municipal paulista de cumprir a legislação sobre a nova comunicação de campo instituída no ano passado.
Já imaginava a pressão que os dirigentes públicos sofreriam de empresas que exploram esta atividade, principalmente as de out doors. Há muitos interesses envolvidos e a decisão é no mínimo estressante. O descontrole do Prefeito de São Paulo ocorrido dentro de uma unidade de atendimento do INSS diante da reclamação de um micro empresário que estava sofrendo as conseqüências da lei e quem sabe em total desespero por prever o fechamento de sua empresa, anunciada em cadeia nacional no horário de maior audiência da TV brasileira é um demonstrativo do que pode vir a acontecer em breve em várias cidades brasileiras.
É inevitável que ocorra a diminuição do nível de emprego no setor e com extensões ao setor gráfico. A expressão é popular e conveniente neste momento: “Não se faz omelete sem quebrar ovos”.
Acredito que o custo a ser pago pelo setor valerá a pena. Isto tudo por uma cidade mais limpa.
Quando você chega a São Paulo e sai do aeroporto ou da rodoviária, placas imensas estão a sua frente, anunciando de tudo e tornando a cidade mais feia, obscura, suja.
Em Cuiabá ou Várzea Grande isso não é diferente. A atitude do Prefeito Wilson Santos no início do mandato como Prefeito municipal autorizando a retirada de out doors instalados em áreas ilegais, principalmente do centro da cidade pode ter sido um sinal para muitos municípios e empresários do setor. Santos no litoral paulista esta estudando a aplicação nos moldes paulistanos.
E para Cuiabá, qual a repercussão de tudo isso? Acredito que nossa cidade ficará mais bonita, menos poluída, mais humana. Mais arvores, menos cartazes gigantes, pinturas em prédios, fachadas desproporcionais, alguns de péssimo gosto.
E você o que acha? Dê a sua opinião.

Jan 29, 2007

Colégio Salesiano São Gonçalo
DIGESTO:
No dia 25 fui convidado pelo Professor Joir Benedito Proença de Amorim a ministrar a palestra sob o título: Motivação: O Homem e a organização no Colégio Salesiano São Gonçalo.
Nunca o tema foi meu foco principal, mas tenho sido convidado várias vezes para trabalhar este assunto. Confesso que tenho me esforçado, e os resultados estão aparecendo aos poucos.
Fiz duas apresentações, uma pela manhã e outra à tarde. O assunto era o mesmo, mas foram duas falas distintas. Incrível como o público tem o poder de nos contagiar. À tarde consegui atingir os objetivos, tenho dúvidas se consegui isso pela manhã.
Tenho lido nos últimos meses sobre o cérebro e a mente e tenho me convencido que o pensamento é pura energia e ela pode ser transmitida. Sabe-se que a motivação nasce de forma intrínseca e o que podemos fazer é auxiliar este processo. Com o público vespertino, na sua imensa maioria professoras do ensino da antiga Educação Infantil e de um a quatro, parece que conseguem se soltar mais, nos contagiam, vibram com intensidade. Fico pensando, será que não seria pela gostosa convivência com seres ainda não infectados com as mazelas de nossa sociedade ou do sistema burocrático? Talvez.
Obrigado querido aluno e competente profissional da educação e do cooperativismo pela oportunidade.
Elifas

Jan 13, 2007

BILL O BRASILEIRO

DIGESTO

O fato aconteceu um dia após o natal. Demos de presente ao Álvaro, nosso segundo filho, uma, bicicleta que havia prometido há um ano e só pude cumpri-lo neste natal. Obviamente tive que negociar com os outros filhos. Isso vai me custar uma bicicleta pó mês até Abril, já que em janeiro pedi uma folga aos requerentes. Como bom brasileiro, acredito que faço parte dos 85% dos filhos de Cabral que deixam as compras e o imposto de renda para a última hora. Descobrimos a bicicleta, aro 26, com bom preço no Makro Atacadista. Não havia mais nenhuma. Onde comprar, dia 23, 16h00, com poucos recursos, já que tínhamos feito uma pesquisa no centro e no Shopping e os preços muito que excediam os do atacadista. Lembramo-nos do Ciclo Center Ribeiro. Lá poderia ser a nossa salvação, já que prometi para mim mesmo que não deixaria de cumprir este compromisso novamente.
Já sabíamos que íamos esperar: bicicletas mais caras, atendimento precário, fila para comprar, fila para pagar e tudo aquilo que não gostamos, mas corremos atrás de forma inconsciente deixando para a última hora. Infelizmente o fato se confirmou. Chegamos próximos às 17h00 e o vendedor que nos atendeu estava estampado em seu semblante o horário de saída que já se aproximava. Era um relógio Cuco, daqueles bem antigos, sob um corpo de um moço que não deveria ter mais do que vinte e três anos, pronto a abrir as portas e destilar o som o qual ficou famoso no mundo inteiro.
Quando dissemos que queríamos uma bicicleta simples, aro 26 a resposta foi a esperada: Foram todas vendidas, temos esta aqui... Bom! A bicicleta apresentada custava 40% a mais. Insistimos e com alguma relutância foi verificar se tinha sobrado alguma no estoque. Não é que ele encontrou! “Mas tem um probleminha”, disse... Senti esfriar a espinha novamente: Ela está desmontada e o pessoal da oficina está com muito trabalho, assim não é possível montá-la naquele dia. Insisti novamente e nova ida a oficina. Realmente não era possível, mas ele me deu o cartão e indicou a bicicletaria que poderia fazer a montagem. Era menos de uma quadra e lá vamos nós. Isto nos custou mais trinta minutos (ele disse que não levaria mais de dez) e R$ 15,00 para a oficina e mais R$ 5,00 de caixinha (o natal me deixa com a mão mais aberta ainda). Há! Esqueci de dizer os trinta minutos ficamos em pé, pois o banco que se apresentava não era digno de nossos traseiros.
A bicicleta, eis que a vejo montada, de duas cores, azul e branco, bonitas, mas o pneu traseiro meio murcha. Como bom chato pedi que enchessem mais um pouco essa figura circular que não reclame de sempre subir e descer na mesma proporção e teria a doce tarefa de carregar a maior parte de um menino um pouco acima do seu peso Assim foi feito. Um pouquinho mais de libras de ar e fomos embora felizes com missão cumprida de bons pais.
Entrega dos presentes, felicidades, sorrisos, 24 horas sem problemas.
No dia seguinte, natal, depois do almoço, pneu furado. O rosto deste menino de onze anos e os olhos azuis de doer estavam molhados com água salgada que irradia do canto de nossos olhos. Lá fui eu atrás de uma borracharia ou bicicletaria aberta na tarde de natal. Fomos para a antiga Estrada do Moinho, hoje Avenida Dr. Archimedes Pereira Lima. Primeiro ponto fechado, segundo ponto fechado, terceiro ponto aberto. Ficamos felizes, um borracheiro de boa vontade poderia nos ajudar. Desconfiava que fosse o bico, ou alguma coisa na válvula. O meu destino continuava o mesmo. Não era nenhuma das duas coisas. O borracheiro desconfiou que o problema estivesse na câmera e deveria procurar uma bicicletaria. Onde encontrar, perguntei já sem paciência ao borracheiro que já me virava as costas. Vá ao Bil, ele resolve. Perguntei educadamente: Onde fica o Bil? Terceira rua a direita, na Marmoraria você vira e vai mais uns metros. Lá vamos ao Bil.
Encontramos a bicicletaria. Aliás, encontrei uma loja de roupas e ao lado a bicicletaria. Fui atendido por uma senhora, acredito que fosse a esposa do Bil, sonolenta, assistindo acredito eu o Domingão do Faustão. Estávamos no Bairro Renascer. Esgoto ao léu, crianças jogando bola, desocupados esperando a tarde passar, cachorros, muitos cachorros e onde e estava o Bil? Disse a Senhora arrumando os despenteados cabelos, Menino vá chamar o seu pai. Zezinho vem tirar essa bicicleta do carro do moço. Descobri que o Bil tinha ido ao orelhão a mais ou menos cem metros de sua casa/oficina/loja. O filho menor pegou a bike, quase que pedindo para fazer sozinho, sabe que até gostei da boa vontade de um guri que tinha metade do tamanho do veículo que ele segura com firmeza e muito esforço.
_ O Senhor Aguarde: meu pai, ele já vem, meu irmão foi chamá-lo. Vou levar a bicicleta. Acompanhei meio desconfiado o percurso de 10 metros e lá vinha o outro irmão sôfrego envolto em outro bike, dizendo: Meu pai já está vindo.
Assim em instantes surgiu Bil. Um homem baixo, falante, vendedor nato (se pudesse sairia com outra bicicleta). Boa Tarde! Boa Tarde! Foi um diálogo curto mais daqueles que se mostravam amistosos. Acreditava que era bem vindo naquele instante. Ele olhou o pneu e disse, vai ser a câmera. Olhei desconfiado e continuei com a minha hipótese:
- Pode ser o bico ou a válvula.
- Vamos ver.
A resposta foi rápida tão quanto a virada da bicicleta de pernas para o ar. Arrumou dois pedaços de pano, na realidade dois trapos, e protegeu o atrito do banco e do guidão junto ao cimento áspero. Encheu o pneu traseiro e disse:
- É a câmera. Eles vendem essas "bicicretas" baratas e as câmeras não prestam. Veja só!
Bil mostrou a porcaria que corou o vendedor que me atendeu dois dias depois no local de compra, é verdade que pedi outra câmera. O rapaz que me atendeu fisgou os nossos movimentos e continuou de cabeça abaixada e continuaria nesta posição, acredito que, por mais uma hora, até irmos embora. Ele sabia da qualidade do produto que tinha vendido.
Voltemos ao Bil.
- Esta “Dr. é boa. É B R A S I L E I R A. Veja a qualidade. Não tem emendas. Olhe a qualidade da borracha. Coloque ela e não vai ter problema. Eu garanto.
Bil havia despertado a qualidade de nossos produtos diante de tanta porcaria chinesa, coreana e malasiana (será que é isso mesmo?).
Voltamos para cãs felizes. O Alvinho subindo e descendo as ladeiras do condomínio. Eu tranqüilo de poder terminar este artigo e Bil, este brasileiro do Bairro Renascer, dando uma aula de qualidade no atendimento e de valorização de um produto Brasileiro.
Até hoje não tive problemas com a nova câmera.
Bil o bom brasileiro.
Elifas

Jan 4, 2007

PROMOÇÕES DE JANEIRO
DIGESTO
Quem sabe esperar pode fazer boas compras de “natal”. . . em janeiro. Éh! O melhor mês para comprar alguns produtos é o primeiro mês do ano, dez, quinze dias depois da comemoração do nascimento de Cristo, que para o comércio representa o pico de vendas. Ontem no supermercado Comper comprava-se o panettone Bauducco por R$ 8,69, quero dizer dois panettones, quantia suficiente apenas para comprar, no ano passado, apenas um item. As lojas de eletrodomésticos prometem bons preços, amanhã é a vez do Ponto Frio. A Luciula, loja de calçados foi a mais rápida. No dia 2 já estava na mídia. Diz o ditado: Quem espera sempre alcança. Janeiro comprova isso.
Boas compras se você esperou.
INDIGESTO: Por que as lojas na comunicação de suas promoções não informam que alguns produtos apresentam pequenos defeitos, principalmente os de maiores descontos? Honestidade não vende?
OVEROLIM OU ROLIMBOOKING

INDIGESTO

Nenhum dos dois. O fundador da TAM, hoje a maior companhia em operação no país, deve estar ao lado do Santo Protetor dos aviadores (eu não sei, mas deve ter um) chorando e inundando o céu, e o excesso caindo em solo brasileiro, com nuvens bem pesadas sobre o casal Santos Dumont e Congonhas.
Este grande empreendedor brasileiro que foi recrutado por gestores mais espertos, tinha inegavelmente, como dizia meu pai: tino para os negócios. E neste toque de sabedoria de meu santo pai alcoólatra estava a paixão por aquilo que fazia. Estender um tapete vermelho, ficar ä porta das aeronaves e orientar os pilotos, co-pilotos e comissários a receberem os clientes estava além dos demonstrativos financeiros. Havia uma visão, milhas a frente dos gestores burocratas que hoje a dirigem.
Respeito ao cliente? Hi! Hi! Hi!. Até uma criança sabe que o vermelho de suas letras irradiam a raiva dos pobres mortais que a escolheram para viajar.
Funcionários zelosos pedem e oferecem vantagens para não viajarem com a empresa. Acreditem. Na aviação comercial é permitido vender mais do que o avião pode transportar. Imaginem: Vender mais apartamentos do que o total de unidades no prédio, ou ainda vender todo o seu estoque duas vezes, esperando que um dos clientes não compareça para a compra.
TAM – Transportes Aéreos de Marilia – a origem do seu nome deveria hoje ser:
TAM – Transportes Aéreos dos Miseráveis ou Transportes Atrasados de Amanhã.
A única coisa que temos certeza nestes dias de festas é que o vôo vai atrasar.
Viva a TAM!, Que conseguiu a união e unanimidade do jornalismo brasileiro no quesito ineficiência.
Viva a TAM! Que conseguiu democratizar o descontentamento de executivos a donas de casas. De avós a Netos. De Romários a Kakás.
Viva a TAM! Que voltou a valorizar as viagens de ônibus.
Você leitor ou leitora deste blog, na próxima propaganda da Tam, lembren-se: que os números são mais importantes do que você!.A propósito...qual é o seu número?
CORREDOR DE MORTE.

Indigesto:
Lojas Americanas, sábado, 30 de dezembro, 17h00, Shopping Três Américas, Cuiabá - Mato Grosso.
Eu e meus quatro filhos partimos na busca heróica para comprarmos presentes para o aniversário de Minha Preta. Cinqüenta reais era a cota para a compra das quatro lembranças. Dez reais para cada um e podiam comprar o que quisessem. Engraçado como percebemos as diferentes personalidades neste contexto de compras. O mais velho, Pedro, com onze anos, preferiu olhar os Hotwheels e foi o último a comprar os produtos, com a ajuda dos irmãos. Comprou duas taças para água no valor de R$ 9,99, Ana Júlia a menor, aceitou inicialmente minha sugestão e colocou no carrinho de compras um dvd de um filme de San Conery, que agora não me recordo o nome. Besteira minha, quando viu as calcinhas, o DVD voltou ä prateleira e uma calcinha, de cor rosa, tamanho médio, com laçinho da mesma cor e um coraçãozinho na lateral haviam detonado um dos grandes artistas mundiais. O preço: R$ 12,99. Tive que fazer um empréstimo. O Álvaro, 10 anos, o mais comedido, comprou duas taças pequenas para capuccino, cada uma de R$ 1,99 e pediu o troco. Antes disso, havia no carrinho uma caixa de bombons de R$ 4,90, foi devolvida. Ele é o mais econômico e já chegou a me emprestar dinheiro. Estou atualmente tendo aulas de administração financeira com ele, quem sabe consiga aprender alguma coisa. A Sarah comprou uma meia, muito bonita de R$ 4,99 e também pediu o troco, acho que ela estava de olho nos skinys.
Missão quase cumprida. Próxima etapa: o pagamento. Na entrada a placa: “Fila única. Atendimento mais rápido”. Esqueceram de nos avisar que havia um problema, que não sei qual é, pois ninguém teve a pachorra de nos avisar o que estava acontecendo. Só percebíamos a tentativa do encarregado de reiniciar os computadores e a ansiedade ao telefone tentando resolver o problema com alguém que também não sabíamos. A fila? Aumentando. Tive o azar de ser o quinto da fila e como vizinho a prateleira de salgadinhos. Skinys, batatas fritas, cebolitos, baconzitos e outras drogas deliciosas para o corpo infantil, mas que sabiamente estavam em local privilegiado. Há! Os refrigerantes estavam a três passos. Resultados: 30 ou 40 minutos de espera, dois pacotes de skinys, dois de batatas fritas (eu também fui vítima), um refrigerante de 600ml. Indigesto: Acredito como quase uma agressão de merchandising o que as lLojas Americanas fazem para que seus salgados e refrigerantes vendam mais. Passe com seus filhos no doce e salgado corredor para pagar as suas contas e depois me diga.
Um dos computadores volta a funcionar, a situação dos demais permanecia inalterada. O gerente ao telefone e os demais caixas colaboradores conversando sabe lá o quê? Quando me lembrei que precisava de papel para embrulhar os presentes. pedi ao Pedro que descobrisse onde estavam. Ele pediu auxilio para uma das atendentes e esta indicou que atrás dos caixas podíamos encontrar. Uma olhada mais atenta e descobri um balde com algumas unidades na esquina de uma das gôndolas. O preço não estava visível, mesmo assim comprei três rolos ou três folhas, não sei qual a terminologia adequada. Pasmem quando vi o ticket! Cada folha R$ 2,99, multiplicado por três unidades totalizavam nove reais, minha calculadora mental desprezou os três centavos. Para horror deste comprador primário, minha sobrinha disse que no Tijucal, algo muito parecido custaria R$ 0,99. Fizemos um bolo de chocolate na casa de minha mãe com aquelas massas pré prontas e na manhã do dia 31 cantamos parabéns e entregamos os presentes.
Dicas importantes: Na próxima compra nas lojas Americanas, “verifique se o sistema não caiu”, faça um acordo, se possível por escrito, com seus filhos para o caso de congestionamento no corredor de engordietes, e não, em hipótese nenhuma, não compre papel de presente neste local, a margem de lucro deles é gigantesca e o que você economiza nos produtos vai embora. O Álvaro, o professor de finanças já havia me dito isso, e eu não acreditei! Sniff! Sniff!
Bom 2007!

Elifas