Dec 20, 2011



P.A – Pronto Aborrecimento
    Vou escrever essa história depois de muito adiá-la. Há alguns motivos: primeiro a preguiça: escrever dá trabalho e gasta mais energia, consegui vencê-la. Segundo: não achava que seria uma boa contribuição aos meus parcos e insistentes leitores e acredito que agora o é. O terceiro ponto é quanto a sua inutilidade: não mudaria em nada o processo de atendimento e execução dos serviços de saúde oferecidos – talvez algum gestor se sensibilize, pelo menos tenho mais fé nesse momento. O quarto e derradeiro elemento é que depois de quatro ou cinco experiências de atendimento, sendo eu mesmo o atendido ou como acompanhante de minha esposa e de minhas filhas, em diversos dias, plantões e com diferentes problemas os resultados se repetiram.
    Relatarei a última experiência, ocorrido ontem entre o período de 14h30 – horário de saída de casa e 19h12 (aproximadamente) quando retornamos.
    O Hospital particular que cresceu muito nos últimos anos, é o nosso escolhido pelo simples fato de logística e um dos poucos que atendem o plano GEAP (tive que trocar o plano anterior – meu salário se nega a acompanhar os índices de aumento dos planos de saúde).
    Depois de conseguir estacionar o veículo na rua entre motos e carros – descobriram uma mina de ouro os estacionamentos ‘conveniados’ – eu tento não pagar, nos dirigimos a recepção. Você fica um pouco perdido na primeira vez, pois ninguém o orienta que se deve dirigir as diversas assistentes (que estão atendendo outro cliente) e dar o seu nome, anotado em uma folha de rascunho, aguardar a chamada, responder as perguntas a fim de preencherem os dados necessários da ‘ficha’. Mesmo que você tenha sido atendido há dois dias, pedem a confirmação dos dados – não seria mais fácil verificar a data e perguntar se houve alguma alteração? Iniciamos o tempo perdido – caso não tenha cinco ou seis pessoas à sua frente – se tiver mais pacientes  + tempo perdido.
    Entre as primeiras palavras e antes que eu possa responder, o telefone tocou e fui trocado por outro paciente, médico, ou colega de trabalho... Espero, + tempo perdido, depois do atendimento, que não raro, a funcionária teve que pedir informações para a colega ou repassar a ligação – elas não olham para você, apenas para a tela do computador.
    Ah! Antes disso, em duas ocasiões anteriores pediram se queria ser atendido pelo médico ‘X’ ou ‘Y‘ – como posso saber? Não conheço os médicos. Solicito o que tem menos pacientes. Sou locado para o Doutor ‘Y. Imagino se haveria algum problema...  Jesus! Como posso saber? Quem é esse médico? Fico temeroso por alguns instantes, mas resolvo aplicar toda a indignação – neste momento silenciosa - que as palavras descuidadas é fruto de péssimo treinamento e não de dúvidas quanto a qualidade do profissional  a que seremos submetidos.
    A atendente confirma os dados e informo (que tragédia!), que o endereço informado, trata-se do complemento e era necessária a correção. Para encurtar, vejo nos olhos da atendente certo desespero, pois o computador não reage aos comandos. Pergunto se ela é nova na empresa e me responde que já tem uma semana de trabalho. Comento que o hospital tende a treinar as novas colaboradoras no ‘fazejamento’, ou seja, aprende fazendo com uma colega que já conhece mais do serviço (mas ela continua atendendo) + tempo perdido. Com o balançar da cabeça reage positivamente e diz: Isso é verdade!
    Volta-se para o lado e reclama que o computador está ‘lento’ e que já reiniciou duas vezes, + tempo perdido. Finalmente consigo atualizar as fichas.
    A autorização para atendimento chega bem rápido, é impressa e assino. Sou convidado a aguardar em outra sala, após os Box de atendimento, pois logo serei chamado. Boa notícia! Só havia duas pessoas na nossa frente.
    Somos chamados. O atendimento é rápido.  Não demoramos mais do que dez minutos e saímos com um pedido de raio ‘x ‘ para um dos dedos da mão esquerda e de ressonância magnética para o tornozelo direito.
    Voltamos à recepção, já conhecia o procedimento, mas da primeira vez tive que perguntar a enfermeira onde deveria encaminhar os ‘papéis’ - + tempo perdido. E depois perguntei novamente entre as cinco ou seis assistentes administrativas a quem deveria me dirigir + tempo perdido.
    Identificado à pessoa. Aproximo-me e a atendente pede os ‘papeis’ que tenho as mãos. Ela diz: ― É aqui mesmo. Pode aguardar que chamarei pelo nome da paciente.
    Somos chamados em trinta minutos. Preencho nova ficha para a paciente que iria realizar o raio ‘x’, a famosa chapa para os não nerds ou com mais de sessenta anos.
    A autorização também é rápida. Fico feliz e pergunto sobre o exame de ressonância magnética. Sou informado que o exame precisa ser marcado, mas ela iria lá em cima (no segundo andar) tentar arrumar um período para a realização no mesmo dia. Confessou que a autorização só é submetida pelo PA.    Rapidamente prepara as autorizações e volta depois de uns quinze minutos, indicando sinal positivo, mas que o exame demoraria aproximadamente uma hora. Fiquei contente, pois faria apenas uma ida ao hospital.
    Busquei minhas filhas na outra sala de atendimento – a que fica próxima ao consultório de ortopedia – estavam congelando –.
    Localizada a nova recepção, entreguei um dos exames, o outro deveria ser encaminhado a outro local no mesmo andar+ tempo perdido e assim fiz.
     Aproximei-me da recepção. Havia duas cadeiras.  Uma delas estava desocupada, a outra ocupada por um senhor – a aliança dele chamava a atenção, pois era muito grossa. Também foi digno de atenção o atendimento, quero dizer o não atendimento, pois o senhor que preenchia algum formulário de uma Cooperativa de Saúde nem ao menos olhou para cima. Fiquei de pé entre a sua posição e a cadeira vazia. Fui ignorado completamente por uns dez minutos + tempo perdido.
    Aguardamos mais um quarto de hora. Neste ínterim minha filha é chamada para a seção de raio ‘x’. Gostei. Essa etapa não demorou muito. Dez minutos depois estávamos dispostos a esperar mais um pouco o atendimento para o outro exame de imagens
    Aproximou uma – imagino atendente a mesa de recepção e solicitei se poderia me atender. A reposta foi positiva e apresentei o pedido de exame. Tive a resposta que o atendimento iria demorar mais ou menor uma hora (lembre-se fui informado uns quarenta minutos atrás sobre o mesmo tempo) e resolvi esperar, esperar, esperar, Muito tempo perdido.
    Depois de aproximadamente 2/3 de hora pedi novamente informações se o exame demoraria mais tempo, e se fosse positivo, se poderíamos voltar ao ortopedista de plantão para o atendimento. Ela disse que sim e caso fosse necessário poderiam me ligar. Ótimo! Estamos aproveitando melhor o tempo.  Voltamos ao ortopedista.
    Aguardamos um pouco – o saguão continuava gélido – e depois fomos atendidos. A enfermeira avisou que já haviam chamado, mas estávamos no segundo andar e não ouvimos.
    O médico realizou as leituras de imagem digitais e solicitou que buscássemos nova autorização para a imobilização do dedo. Comentei furtivamente ao medico que o tempo que estava no hospital não excedia a 15% o contato direto com ele e com o técnico da radiologia em relação ao tempo de espera. Ele assentiu com a cabeça e pescoço.
    Retornamos a sala de paciência, quero dizer de autorizações de exames. Voltei à atendente primária. Fui informado que deveria me dirigir a primeira recepcionista. Foi o que fiz. Entreguei o pedido para autorização da imobilização. Esta colocou o pedido embaixo de outros papéis. Aguardei. Percebi que ela estava com algum procedimento mais difícil e aliado a sua clara inexperiência – solicitou ajuda de uma atendente – parecia ser bem mais experiente do que as demais e tentava autorizar um procedimento que um plano de saúde resistia em atender. Após trocas mudas de comunicação, a atendente resolveu passar o hadfone para a comunicante e resolveu me atender. Ainda tinha dúvida e recebia auxilio dessa mesma pessoa. Eu observando tudo. Depois de mais uns novecentos segundos (apenas para mudar os minutos – já estava ficando chato) + tempo perdido, voltamos triunfantes para sermos atendido na sala de gesso.
    Acredito que me dirigi à enfermeira chefe de plantão, pois já havia um tempo que aguardávamos e não saia e nem entrava ninguém na sala. Pasmem! O técnico em imobilização – acham que o chamam de Gesseiro não estava. Pedi que o chamassem. Foi o que fizeram. Aguardamos + tempo perdido. Depois de um tempo. Pedi que o chamassem de novo. Nova ligação.  Finalmente o técnico chega. Depois de minha reclamação sutil, ele disse que teve que sair e estava chovendo muito no centro e como estava de moto teve que retornar de táxi.
    A imobilização ocorreu.  Antes de sairmos da sala a faixa já estava dissolvendo.
    Voltamos à sala de espera para a ressonância magnética. Esperamos por mais de quarenta minutos. As meninas estavam com fome. Eu sem dinheiro em espécie pedi que fossem ao restaurante e perguntassem se aceitavam os cartões de crédito ou débito. Foram todas animadas. Voltaram eufóricas, era possível a compra através do dinheiro de plástico. Entendo-as depois de mais de três horas de espera um lanchinho cairia bem.  Tentei convencê-las, mas foi em vão. O poder e os olhos argumentativos são poderosos. Mas resisti e disse que ‘jantaríamos’ em casa.
    Cansei! Não queria mais esperar. Dirigi-me a recepção para cancelamento do exame e remarcaria para outro dia e hora. Parece uma daquelas coincidências – mas apareceu uma técnica informando que o exame que estava marcado para um paciente internado, foi adiado para o outro dia e poderiam nos atender. Ufa!
    Como os estudos de gestão fazem falta. Taylor, Drucker e os estagiários de Administração se indignariam diante de tanto descuido gerencial.
    Os hospitais deveriam seguir ou mesmo os legisladores deveriam impingir as mesmas regras para os passageiros do transporte aéreo que são submetidos a certo tempo de espera. Paguem um lanche!!!!!!!!!!!!!
Elifas Gonçalves Junior
Cuiabá - MT em 20 de Dezembro de 2011

Oct 10, 2011

Curiosidades sobre marcas conhecidas


Curiosidades sobre marcas conhecidas

Shell – O nome da empresa e seu símbolo nada têm a ver com as atividades da empresa; eram uma homenagem ao pai do fundador da empresa, Marcus Samuel Junior, que tinha, em Londres, uma loja de antiguidades com muitas conchas decorativas.

Audi – A marca com os quatro anéis foi introduzida em 1932 com a fusão da Audi, Horch, Wanderer e DKW. Em 1960 a Auto Union AG foi adquirida pela Volkswagen. Em 1985 teve o seu nome mudado para Audi AG.

Elf
– Esta empresa, agora conhecida pelo escândalo e pela prisão de um ministro de Miterrand, teve seu nome escolhido entre 8.253.000 combinações de três, quatro e cinco letras.

Marlboro
– A masculinidade desta marca de cigarro só foi introduzida em 1955 com a associação do cigarro com imagens de cowboys. Até então, Marlboro, desde seu lançamento em 1924, era um produto destinado às mulheres.

Citroën
– O engenheiro André Citroën, em 1903, com 25 anos de idade, abriu uma fábrica de engrenagem helicoidal com dentes. Sua empresa prosperou e tornou-se uma importante indústria automobilística; entretanto, sua marca original permaneceu.

Kodak
– O nome Kodak é uma onomatopéia que descreve o som do obturador de uma câmera fotográfica.

Playboy
– O coelho foi escolhido como símbolo por seu interesse desinibido por sexo. A gravata borboleta e suas orelhas em riste sugerem que o coelho é elegante e sempre alerta.

Merril Lynch
– A escolha do touro está associada claramente à expressão popular “Bull-market” (Bolsa de Valores).

Nike
– O nome é uma homenagem à deusa da vitória na mitologia grega. A empresa fundada em 1962, por Phill Knight, com o nome original de Blue Ribbon Sports (BRS), teve sua marca criada em 1972 pela estudante Carolyn Davidson por meros 35 dólares; em 2000, segundo a Interbrands/Citibank, a marca está avaliada em US$ 8 bilhões.

Suástica
– O símbolo do nazismo tem uma longa história. Há registros de 3.000 anos atrás em Creta, nos artefatos Navajos, em gravuras orientais e na cerâmica pré-Colombiana. Em sânscrito a palavra significa “todos por um” e tem conotações de força e de fertilidade. O III Reich usou-o como símbolo para seu programa de identidade corporativo.

Goodyear
– O pé com asas, entre as palavras Good e Year, foi inspirado na estátua de Mercúrio, que o fundador da empresa, Frank Seiberling, tinha em sua casa.

Lacoste
– O crocodilo da marca desenhada por Robert George procurou capitalizar o apelido do principal sócio da empresa, o tenista profissional René Lacoste.

Apple
– Três foram as principais razões para a marca:
1) o nome iniciava-se com “A”, portanto apareceria listado na frente da maioria dos competidores;
2) ninguém esperaria uma associação de sentidos de uma maçã com computadores, sendo uma aposta no inusitado;
3) uma maçã está ligada a uma vida saudável (“an apple a day keeps the doctor away”). Além do mais, a maçã desenhada com faixas é uma alusão à marca listrada da IBM e o pedaço mordido é uma clara referência ao pecado bíblico.

Nestlé
– O nome da empresa e o desenho da marca foram inspirados no nome do fundador, Henri Nestlé, e no significado da palavra “nestle”, derivada da palavra nest, ninho em inglês, que quer dizer aninhar-se, abrigar-se. A mais importante alteração da marca desde 1875 aconteceu em 1985, quando o número dos filhotes diminuiu de três para dois dentro do ninho – sinal dos tempos de redução da prole.

BMW
– A simbologia da Bayerische Motoren Werke designa a origem dos seus negócios: a fabricação de motores de aviões. A imagem é de uma hélice, o azul e o branco da marca representam o céu e as cores da Bavária.

Cruz Vermelha
– Por diferenças culturais, a tradução de Red Cross (Cruz Vermelha) é modificada para Red Crescent (Lua crescente Vermelha) nos países árabes e Red Lion (Leão Vermelho) e Rising Sun (Sol crescente) no Irã. Pirelli – O P estendido é uma descrição da elasticidade e da qualidade dos seus produtos.

Pizza Hut
– Os irmãos Carney em Wichita, Kansas, em 1958, abriram uma pizzaria em um local que já tinha um luminoso com nove caracteres. Pizza era o que eles venderiam, havia mais um espaço entre as palavras e só sobravam três letras. Alguém disse que o local parecia uma cabana (Hut, em inglês). Pronto, aí estava o nome. O desenho de um telhado sobre o nome só foi feito 11 anos depois.









Marcas - Carlos Drumond de Andrade


Eu, etiqueta


Carlos Drummond de Andrade


Em minha calça está gravado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório
um nome ... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo.
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar a identidade.
trocá-Ia por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas
e bem á vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a comprometeu.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio de estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece curro signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.

Sep 29, 2011

Porter e Kotler - Estratégias

Estratégia
O termo estratégia é derivado do grego strategia, que significa comando.
Há muitas definições para o termo estratégia, mas, em geral, envolve a seleção conjunta de mercados e produtos em que a empresa concorrerá ou concorrerá e as políticas mais importantes que definem ou que definirão suas ações (Rumel, apud Lewis, 2001).
A definição de Walker (apud Lewis, 2001), sugere que uma estratégia eficaz envolve: o que deve ser atingido, que mercados-produtos serão o foco; e como os recursos e as atividades serão alocados a cada mercado-produto para enfrentar as oportunidades e as ameaças ambientais.
Em geral, uma estratégia envolve as metas, consideradas uma declaração geral do propósito, os objetivos e os meios de atingi-los.

Estratégia Competitiva – Michael Porter (1980)
Suas origens estão na área tradicional da economia industrial, e, particularmente, no paradigma estrutura - condução - desempenho. Porter argumenta que há cinco forças importantes que afetam a atratividade de uma indústria. É a rivalidade intra-indústria, a ameaça de novos entrantes, a existência ou o desenvolvimento potencial de substitutos, o poder dos consumidores e o poder dos fornecedores. Os novos entrantes apresentam uma ameaça porque aumentam a capacidade de produção existente e podem causar distúrbio devido à necessidade de assegurarem uma posição de mercado para justificar os custos de entrada. Os substitutos fixam um teto ao preço a ser cobrado. O poder dos fornecedores pode elevar os custos de produção, e é maior quando eles estão altamente concentrados em relação às indústrias de bens de consumo e têm um produto exclusivo e há custos associados à mudança. O poder dos consumidores, que pode resultar em pressão para redução das margens, é aumentado quando compram em grande volume, quando o produto é padronizado ou indiferenciado e representa proporção significativa do custo do comprador e, assim, do lucro. É provável a rivalidade ser intensa quando há muitas empresas do mesmo tamanho, o crescimento é lento, o produto é indiferenciado e há altos custos fixos representando barreiras significativas à saída.
Porter argumenta que esses fatores específicos são importantes, já que os fatores macroeconômicos e outros afetarão igualmente todas as indústrias. Assim, o principal objetivo é as organizações posicionarem-se favoravelmente em relação a cada uma dessas cinco forças. Então, podem lutar para estabelecer ou reforçar as barreiras à entrada; mudar a estrutura de custos para reduzir o poder dos consumidores; ou desenvolver fontes alternativas de suprimento por meio de criação de produto em parceria com outros possíveis fornecedores.
Porter assume que as indústrias evoluem, com fases distintas para seu ciclo de vida (surgimento, crescimento, maturidade e declínio), e aplica as cinco forças a cada uma dessas fases. Desenvolve o conceito de grupos estratégicos, baseado na idéia de que as indústrias podem ser desagregadas em conglomerados de empresas, cada conglomerado adotando estratégias diferentes.
O principal foco da estratégia competitiva é fornecer valor ao consumidor. Isso pode ser percebido em termos de redução de custos e/ou alta qualidade, etc. As empresas podem seguir uma das quatro competitivas genéricas. Podem visar à posição de menor custo ou de diversificação em todo o mercado, ou podem lutar por uma posição visada em um ou mais segmentados de mercado específicos.
Ø  ESTRATÉGIA DE LIDERANÇA EM CUSTOS.
As empresas que possuem custos mais baixos devem estar em forte posição em relação a: concorrentes, porque sempre estarão em condições de cortá-los e, ao mesmo tempo, de ter a vantagem da maior margem para investir no aumento de sua participação de mercado, no desenvolvimento de novos produtos e em outras políticas de desenvolvimento corporativo; fornecedores, porque não podem absorver facilmente aumento de custos; consumidores, porque são hábeis em responder às exigências do mercado por preço mais baixo; substitutos, porque estarão melhor preparadas para reagir em termos de custos.
Para ser líder em custos, a empresa deve ter custos indiretos baixos, deve ser altamente eficiente e, geralmente, não deve destinar recursos às atividades não diretamente relacionadas com a redução dos custos.
As empresas podem seguir uma estratégia de liderança em custos focada nos consumidores ou em segmentos de mercado específicos ou uma ampla estratégia de liderança em custos. Há riscos para enfatizar a liderança em custos; em particular, as bases de escolha do consumidor possa se mover para fatores não relacionados a preços e a mudança tecnológica pode transferir a vantagem competitiva a uma empresa rival e aos entrantes tardios.
Ø  ESTRATÉGIA DE DIFERENCIAÇÃO
É a estratégia alternativa à Estratégia de Liderança em Custo. As organizações procuram assegurar uma vantagem competitiva sustentável ao se distinguirem de seus concorrentes usando meios como design, serviço, imagem, embalagem e funcionalidade adicional, percebidos pelos clientes como agregadores de valor. A estratégia de diferenciação pode ser focada em clientes ou segmento(s) de mercado específico(s) ou planejada para o mercado em geral.
Ø  ESTRATÉGIA DE FOCO
Envolve em concentrar em um ou mais nichos ou segmentos, ao contrário de visar um apelo de mercado amplo. As empresas que adotam uma estratégia de foco procuram assegurar uma vantagem competitiva sustentável para estar preparada a diferenciar mais efetivamente ou a ter custos inferiores aos de seus concorrentes nos conglomerados específicos de consumidores a que visam. Entretanto, há o risco de os concorrentes adotarem um foco mais estreito ou de os custos de estratégia de foco tornarem as empresas que a adotam não competitivas em relação às que visam a um mercado amplo. Ademais, se tal estratégia de nicho for altamente rentável, atrairá rivais que, por sua vez, diminuirão os lucros.

v  Estratégia Corporativa
Acredita-se amplamente que a estratégia corporativa deve tratar do que é essencial para a organização, a saber, “o quê”, “o por quê”, “como” e “quando”. Envolve “em que negócios a empresa está ou gostaria de estar”. Segundo, explica "Porque a empresa está no negócio”, isto é, o faturamento, o lucro, a taxa de retorno e os alvos de crescimento visados ou que deve visar, como as tecnologias que usará os mercados que poderá operar e os produtos que vende ou que deverá vender para atingir esses objetivos. Terceiro, a empresa precisa definir “como” pretende atingir esses alvos, qual a tecnologia que usará os mercados que operará e os produtos que deverá vender. Finalmente a empresa precisa definir “quando” pretende atingir essas metas e o período que sua estratégia envolve.


DVD “10 anos de história, 10 presentes para você”  -  Management, DVD Especial 10 anos
MICHAEL PORTER, A maior autoridade mundial em estratégia competitiva.

PROPOSTA ÚNICA DE VALOR
“Acredito que o desafio para qualquer empresa, nova ou antiga, é encontrar o caminho para conquistar vantagem competitiva, ser capaz de entregar algum valor ao cliente que seja único, que outras empresas não são capazes de proporcionar. Há maneiras de achar esta posição ímpar no mercado. Algumas vezes, é pura sorte; outra vezes, reflete a história e a experiência que alguém teve em outra empresa e vê alguma necessidade que não foi realmente satisfeitas. Mas, no final das contas, todas as estratégias evoluem a partir de encontrar um caminho para ser único para seu cliente”.

FORÇAS QUE INFLUENCIAM A ESTRATÉGIA
“Os executivos têm um ímpeto muito forte de ver o que outra pessoa está fazendo e imitar. É muito difícil para uma pessoa ir numa direção diferente. Há muitos que vão criticá-lo, ou dizer ‘Ah, isso não é possível’, então eu acho que você deve ter paixão dentro de si, acreditar em si mesmo, e essas coisas são bastante raras. Daí porque os empreendedores são tão escassos, não há muitos deles. Ma eu penso que há muitas outras forças que tornam difícil ter uma estratégia. Se você acha que sempre tem de haver um consenso, que todo mundo precisa concordar, isso torna difícil ter uma estratégia, porque isso estratégia tem, de fato, a ver com escolhas e trocas. Os mercados de capitais, os mercados de finanças, todos são de muito curto prazo e tentam pressioná-lo a fazer melhor hoje, enquanto, para se ter uma estratégia, você precisa realmente de uma visão de prazo mais longo. Portanto, há muitas forças contrárias à estratégia”.

TODOS NA MESMA DIREÇÃO
“Eu acho que quanto mais os funcionários de fato compreenderem a estratégia em algum nível, melhor. Novamente, um dos propósitos mais importantes da estratégia é conseguir ter todos na empresa movendo-se na mesma direção. Um bom líder é um bom comunicador de estratégia de cima a baixo na empresa, mas a estratégia precisa ser conhecida pelos clientes, a estratégia precisa ser conhecida pelos fornecedores, a estratégia precisa ser conhecida por vários dos elementos quer trabalham com a empresa. Veja, antigamente pensávamos que a estratégia tinha de ser um segredo, que somente poucas pessoas poderiam conhecê-la e que deveríamos guardá-la à noite a sete chaves. Hoje, acho que entendemos que quanto mais comunicarmos a estratégia, mais valiosa ela será. Mesmo os concorrentes devem conhecer sua estratégia, porque, se entenderem o que você está comprometido a fazer, e que leva isso muito a sério, talvez eles resolvam fazer uma outra coisa”.

OS PRINCIPAIS ERROS
“Bem, eu descobri que ainda há uma tremenda confusão no que diz respeito à estratégia, ao que ela significa. Acho que é um pouco mais comum vermos pessoas tentando comunicar a estratégia, temos muitas organizações... Francamente, ainda acho que a maioria dos erros cometidos em estratégia vem de dentro da empresa. Não são forças externas, não é o concorrente. É, de fato, pensamento ruim. Eles não seguem os princípios lógicos das estratégias. E, provavelmente, o maior de todos os erros cometidos pelas empresas é imitar o que os concorrentes fazem”.

CONCEITUANDO ESTRATÉGIA
“Claro que o mundo está mudando. E um dos princípios essenciais da estratégia é o fato de ela ser daquilo que chamamos aperfeiçoamento operacional ou efetividade operacional. Você sempre busca melhores práticas, busca melhores maneiras de fazer as coisas, você faz isso todos os dias. A estratégia é como você escolhe ser diferente e eles são... De novo, se você está constantemente aprendendo, constantemente aprendendo sobre como fazer sua proposta de valor ainda melhor, constantemente aprendendo como tornar sua força diferencial ainda mais forte. Então, não devemos pensar em estratégia como algo estático; devemos pensar em algo que se renova constantemente. Mas isso não significa ir a toda e qualquer direção. Você precisa ter um claro senso de qual é o seu propósito, qual é o seu valor fundamental, quem são seus clientes chaves – isso é fundamental para o verdadeiro sucesso. Não se pode simplesmente tentar reagir a cada mudança. Você deve mudar com uma estrutura estratégica em mente.“


Estratégia – Phillip Kotler
Tendo em vista a atuação frente à concorrência, Kotler classifica as estratégias em quatro tipos: estratégias de líder, de desafiante, de seguidor e de especialista.
  1. Estratégia de líder. O líder de um produto ou mercado é o que ocupa uma posição dominante reconhecida por seus concorrentes. Para continuar sua predominância o líder desenvolve a demanda genérica, protege sua participação de mercado e amplia sua participação de mercado. O líder se interessa em desenvolver a totalidade do mercado porque é o primeiro beneficiado. Para conseguir pode captar novos usuários do produto, desenvolver novos usos do produto ou intensificar o consumo. Para proteger sua participação de mercado pode adaptar diversas estratégias: inovação, distribuição intensiva, confrontação aberta mediante guerra de preços, intensa comunicação, etc.
  2. Estratégia de desafiante. O desafiante é o que não domina o mercado-produto e quer substituir o líder. Para tanto trata de incrementar sua participação de mercado diante estratégias agressivas. Estas podem consistir em um ataque frontal, usando as mesmas armas do líder ou lateral, buscando pontos fracos do líder.
  3. Estratégias de seguidor. O seguidor é um concorrente com uma cota de mercado reduzida que alia as suas decisões aos dos concorrentes. Não ataca o líder. Busca segmentos menores onde tenha vantagem competitiva. Segundo Kotler, pode-se definir quatro estratégias amplas:
            Falsificação: o falsificador produz uma cópia do produto da líder. embala a cópia e a comercializa no mercado negro ou entre comerciantes de má reputação.
            Clonagem: o clonador imita o produto, o nome e a embalagem da líder com variações sutis.
            Imitação: o imitador copia algumas características do líder, porém mantém a diferenciação em termos de embalagem, propaganda, preço etc.
            – Adaptação: o adaptador melhora ou adapta os produtos da líder. Ele pode optar por vender para mercados diferentes. Porém, com freqüência o adaptador se transforma no futuro desafiante, como muitas empresas japonesas fizeram após terem adaptados e aperfeiçoado produtos.
  1. Estratégia de especialista. O especialista é uma organização que se concentra em um ou poucos segmentos. Busca um nicho onde tenha posição de domínio e não seja atacado pela concorrência. Para que um nicho seja rentável e atrativo, deve ter as seguintes características. Ter um potencial de lucratividade e crescimento suficiente, ser pouco atrativo para os concorrentes, adaptar-se as capacidades distintivas da empresa e possuir barreiras de entrada,

Desenvolvimento de Estratégias de Marketing
DIFERENCIAÇÃO ATRAVÉS DOS SERVIÇOS
Quando o produto não pode ser facilmente diferenciado, a chave para o sucesso competitivo, freqüentemente, está na ampliação de serviços que agregam valor e na melhora da qualidade. Os principais diferenciadores dos serviços são: facilidade de pedido, entrega, instalação, treinamento do consumidor, consultoria ao consumidor, manutenção, conserto, etc.
Facilidade de Pedido: Refere-se às vantagens oferecidas pelas empresas para receber pedidos de seus clientes.
Entrega: Refere-se como o produto ou serviço é entregue aos consumidor. Inclui rapidez, precisão e cuidados no processo de entrega. Freqüentemente, os compradores escolherão o fornecedor que tenha a melhor reputação de pontualidade de entrega.
Instalação: Refere-se ao trabalho que tem de ser feito para colocar o produto em condições de funcionamento no local previsto.
Treinamento do Consumidor: É a tarefa de treinar os funcionários do cliente a usar o equipamento de forma adequada e com eficiência.
Serviços de Consultoria ao Consumidor: Referem-se aos dados, sistemas de informações e de orientação oferecidos gratuitamente ou por um preço pela empresa vendedora aos compradores. Aplicando esta estratégia acredita-se que, ajudando seu cliente a se tornarem mais competitivos, aumentarão a lealdade dos mesmos.
Manutenção e conserto: Descreve a qualidade dos serviços de reparos disponíveis aos compradores do produto da empresa.
Serviços diferenciados: A empresa pode oferecer melhor garantia ou contrato de manutenção do que seus concorrentes. Pode oferecer prêmios por preferência como fazem as empresas aéreas com seus programas de vôo para seus clientes habituais.

DIFERENCIAÇÃO ATRAVÉS DAS PESSOAS
As empresas podem obter grande vantagem competitiva através da contratação e treinamento de pessoas mais bem qualificadas do que seus concorrentes.
Pessoas bem treinadas exibem seis características: Competência, cortesia, credibilidade, confiabilidade, responsabilidade e comunicação.
DIFERENCIAÇÃO ATRAVÉS DE CANAL
As empresas podem obter diferenciação através da maneira que desenvolvem seus canais de distribuição, principalmente em termos de cobertura, experiência e desempenho.
DIFERENCIAÇÃO ATRAVÉS DE IMAGEM
Imagem é a maneira que o público percebe a empresa ou seus produtos. A Empresa desenha uma identidade (formas adotadas por uma empresa para identificar-se) ou posicionamento para moldar sua imagem pública.
Desenvolver uma imagem forte exige criatividade e muito trabalho. Ela não pode ser implantada na mente do público da noite para o dia nem difundida apenas por um veículo de mídia. Deve ser conduzida através de todos os veículos de comunicação disponível e disseminada continuadamente.

BIBLIOGRAFIA
KOTLER, Phillip. Administração de Marketing: a edição do novo milênio. São Paulo: Prentice Hall, 2000.
COLLINS & PORRAS. Feitas para durar: estratégias vencedoras de empresas visionárias. São Paulo: Rocco, 2000.
DRUCKER, Peter Ferdinand. Desafios Gerenciais para o século XXI. Editora Record.
FIORE, Frank. E-Marketing Estratégico. São Paulo: Makron Books, 2001.
FISCHMANN, Adalberto Américo e ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. Planejamento estratégico na prática. – 2. ed. São Paulo: Atlas, 1991.
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HAMEL, Gary . Las mejores ideas de los Gurus|: formulas de estratégia empresarial. Planeta, coleção empreendedores. 2002,  Madrid. Espanha.
__________________________ Plano de Marketing para micro e pequena empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
HAVE, Steven Tem. Modelos de gestão: o que são e quando devem ser usados. São Paulo: Prentice Hall, 2003.
JULIO, Carlos Alberto; NETO, José Salibi (organizadores). Estratégia e planejamento: autores e conceitos imprescendíveis. São Paulo: Publifolha, 2002 – (Coletânea HSM Management).
LEGRAIN, Marc e MAGAIN, Daniel. Estudo de mercado. – São Paulo: Makron Books, 1992. Série Empresas emergentes.
MARTINS, José Roberto. Branding: O manual para você criar, gerenciar e avaliar marcas. 3² ed. Global Brands.
MOREIRA, Júlio César Tavares. Dicionário de termos de marketing: Definições, conceitos e palavras chaves de marketing, propaganda, pesquisa, comercialização, comunicação e outras áreas correlatas a estas atividades. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
NICKELS, William G. e WOOD, Marian Burk. Marketing: relacionamentos, qualidade e valor. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 1999.
PEPPERS, Don e ROGERS, Marta. Marketing One to One.
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ARTIGOS
MINTZBERG, Henry. Não faça planos. Trabalhe. EXAME, 15 de Janeiro de 2.004.
PRAHALAD, C. K. o pote de ouro na base da pirâmide. HSM Management, Maio/Junho, 2002.
PORTER, Michael. Estratégia para o Brasil. EXAME, 15 de Janeiro de 2.004.
SLYWOTZKY, Adrian. A genética do lucro. HSM Management, 28 de Novembro de 2.002.
PETERS, Tom. Inovar é preciso. HSM Management, 28 de Novembro de 2.002.







CENÁRIOS E TENDÊNCIAS (I)
1 – Tendências Econômicas e Geopolíticas
a)      Interconexão – O mundo está ficando virtualmente interconectado – o mundo está ficando menor.
b)      Fluxo de Capitais – de empregados que trabalham no exterior para seus países de origem.
c)       Megalópoles – A tendência é na direção das grandes cidades.
d)      Autoproteção e as pessoas/família se fecharem em fortalezas digitais.
e)      O crescimento do Governo.
f)       Balcanização – Nascimento de pequenos países.
g)      Empresas - Estados. Algumas organizações estão mais fortes do que muitos países.
h)      Torre de Babel – Há uma onda de defesa da língua nativa.
2 – Tendências Tecnológicas.
a)      Os produtos estão morrendo mais cedo – Obsolescência instantânea.
b)      Alcance Infinito - A tecnologia nos coloca ao alcance, em qualquer lugar, a qualquer hora, e de múltiplas maneiras.
c)       Farmacologia, Nutrição, nanotecnologia. Estamos comprando mais remédios.
d)      Pequenas máquinas microscópicas. O domínio de micro máquinas: Microtecnologia, Inteligência Artificial, Robótica.
e)      Biônica – Atualmente já existem peças de reposição para partes do corpo humano.
f)       Os produtos estão ficando mais leves.
g)      A informação é a mina de ouro.
h)      Vida longa para o homem: A tecnologia acrescenta 15 anos de vida, na expectativa média, durante o último século. O que fazer com esse tempo extra?
3 – Tendências Sociológicas
a)      Politeísmo – Qual era a preocupação do homem em 999, o dia do julgamento final? Era o final dos tempos. Hoje vamos mais a academias e assistimos mais TV do que a igreja. Estamos espiritualizados, mas acreditamos em algo mais.
b)      Famílias pó-nucleares- A morte do mito do modelo familiar de papai + mamãe + 2,2 filhos.
c)       Formando novas tribos – Nossa tendência de nos juntar a grupos sociais maiores com interesses comuns, independentemente da geografia ou das conexões familiares.
d)      O Déficit da Confiança entre os Homens.
e)      Os Congestionamentos do Trânsito vão aumentar.
f)       Supercomunicação – Todos querem se comunicar, mas muitos estão sós.
g)      Aumento do número de pessoas que procuram a justiça.
h)      Estamos nos tornando uma sociedade mais grosseira.
i)        A escola está educando os filhos de muitas famílias
j)        Estamos cada vez mais sem tempo, apesar do advento das novas tecnologias.
4 – Tendências dos Consumidores
a)      Peter-Pan-Ismo – Inequívoca recusa da geração de boomers (geração pós guerra) de envelhecer.
b)      Prematuridade – Queremos que as crianças comecem suas vidas mais cedo, que se comportem como adultos, e as equipamos de acordo.
c)       Eterna Adolescência – Muitos não desejam “crescer” e ficam a mercê de seus pais.
d)      Aumento geral da Insatisfação com os serviços.
e)      Consumidores de Concreto – Eles não querem ouvir a sua mensagem comercial.
f)       As crianças já nascem plugadas nas novas tecnologias.
g)      As pessoas estão conversando menos.
h)      As famílias não almoçam mais juntas e o almoço individual  e fora de casa é cada vez mais freqüente.
i)        A obesidade vem crescendo no mundo.
j)        O Rico Frugal (prudente, sóbrio, moderado) – Compra em lojas de descontos.
5 – Tendências de Negócios
a)      As marcas estão cada vez mais fortes.
b)      Os “verdes” estão fortes também, mas o consumidor ainda está muito sensível a preço.
c)       A terceirização de tudo, ou quase tudo.
Uma empresa somente precisa possuir verdadeiramente três coisas:
(1)     Uma marca.
(2)     Um conjunto de relações com consumidores e clientes.
(3)     Um âmago central de capital intelectual (sua vantagem competitiva). Tudo mais teoricamente, pode ser terceirizado.
Obs.: A barreira fundamental para o funcionamento da maioria das indústrias não é mais a produção, mas o espaço nos canais de venda e o estabelecimento de uma marca.
d)      Os intermediários continuam fortes.
e)      As fusões entre empresas está  aumentando.
f)       O consumidor está ditando o preço.
g)      Passamos da massificação para a singularizarão.
6 – Tendências do Local de Trabalho.
a)      As mulheres estão estudando mais e assumindo antigos papéis que eram outrora de exclusividade do sexo masculinos.
b)      O trabalho deixou de ser “sagrado”. A próxima geração quer trabalhar menos. “Geração mais preguiçosa?”
c)       Acabou a lealdade das empresas para com os colaboradores e desta com a empresa. Foi substituída por um grupo de pessoas que trabalham pela melhor oferta.
d)      24/7/365 - Somos uma sociedade que funciona, 24 horas por dia, sete vezes por semana e 365 dias do ano.
e)      Re-profissionalização, algumas funções acabaram. É preciso reaprender.
f)       Você pode estar trabalhando muito longe de sua empresa, ou até mesmo, produzindo mais e melhor na sua própria residência.


Adaptado do Texto original pelo Professor Elifas Gonçalves Junior
Fonte: HILL, Sam. 60 tendências em 60 minutos. São Paulo: Futura, 2003.


CENÁRIOS E TENDÊNCIAS (II)
DEMOGRÁFICAS
  • Pessoas que valorizam o bem estar físico;
  • Viver o presente;
  • Misticismo;
  • Famílias menores
  • Mulheres trabalhando fora de casa;
  • Aumento da população nos países pobres;
  • Envelhecimento da população;
  • Queda generalizada do índice de natalidade;
  • Os lares com casais “casados” vêm diminuindo;
  • As pessoas estão casando mais tarde;
  • Neotribos – faixa dos 20 anos – família são os amigos
  • Pessoas mais velhas e divorciadas concentrando sua vida nos filhos e nos amigos, seus relacionamentos amorosos – casas separadas

ECONÔMICAS
  • BRASIL: Os pobres estão ficando menos pobres.
  • Migração da manufatura para o exterior

SÓCIO – CULTURAL
(Paradoxo) As pessoas ao mesmo tempo estão procurando os seus semelhantes e evitando estranhos. Desejam manter relacionamentos sérios e longos com poucas pessoas.
BRASIL: aumento da violência urbana.
  • baixa fidelidade organizacional
  • Brasil- alunos curso superior para concurso público
  • trabalho para viver e não para o prazer
  • diminuição da prática religiosa
  • proteção à natureza (ambiental)

AMBIENTAL
  • troca de energia finita para finita renovável

TECNOLÓGICA
  • aceleração do ritmo das mudanças tecnológicas
  • oportunidades ilimitadas para inovação
  • regulamentação mais rigorosa

POLÍTICO-LEGAL
  • Aumento da legislação que regulariza os negócios
  • Movimento de defesa dos consumidores
    
Adaptado por Elifas Gonçalves Junior
Documento original:
KOTLER, Phillip. Administração de Marketing/ Phillip Kotler, Kevin Lane Keller. 12. Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.