Oct 10, 2011

Curiosidades sobre marcas conhecidas


Curiosidades sobre marcas conhecidas

Shell – O nome da empresa e seu símbolo nada têm a ver com as atividades da empresa; eram uma homenagem ao pai do fundador da empresa, Marcus Samuel Junior, que tinha, em Londres, uma loja de antiguidades com muitas conchas decorativas.

Audi – A marca com os quatro anéis foi introduzida em 1932 com a fusão da Audi, Horch, Wanderer e DKW. Em 1960 a Auto Union AG foi adquirida pela Volkswagen. Em 1985 teve o seu nome mudado para Audi AG.

Elf
– Esta empresa, agora conhecida pelo escândalo e pela prisão de um ministro de Miterrand, teve seu nome escolhido entre 8.253.000 combinações de três, quatro e cinco letras.

Marlboro
– A masculinidade desta marca de cigarro só foi introduzida em 1955 com a associação do cigarro com imagens de cowboys. Até então, Marlboro, desde seu lançamento em 1924, era um produto destinado às mulheres.

Citroën
– O engenheiro André Citroën, em 1903, com 25 anos de idade, abriu uma fábrica de engrenagem helicoidal com dentes. Sua empresa prosperou e tornou-se uma importante indústria automobilística; entretanto, sua marca original permaneceu.

Kodak
– O nome Kodak é uma onomatopéia que descreve o som do obturador de uma câmera fotográfica.

Playboy
– O coelho foi escolhido como símbolo por seu interesse desinibido por sexo. A gravata borboleta e suas orelhas em riste sugerem que o coelho é elegante e sempre alerta.

Merril Lynch
– A escolha do touro está associada claramente à expressão popular “Bull-market” (Bolsa de Valores).

Nike
– O nome é uma homenagem à deusa da vitória na mitologia grega. A empresa fundada em 1962, por Phill Knight, com o nome original de Blue Ribbon Sports (BRS), teve sua marca criada em 1972 pela estudante Carolyn Davidson por meros 35 dólares; em 2000, segundo a Interbrands/Citibank, a marca está avaliada em US$ 8 bilhões.

Suástica
– O símbolo do nazismo tem uma longa história. Há registros de 3.000 anos atrás em Creta, nos artefatos Navajos, em gravuras orientais e na cerâmica pré-Colombiana. Em sânscrito a palavra significa “todos por um” e tem conotações de força e de fertilidade. O III Reich usou-o como símbolo para seu programa de identidade corporativo.

Goodyear
– O pé com asas, entre as palavras Good e Year, foi inspirado na estátua de Mercúrio, que o fundador da empresa, Frank Seiberling, tinha em sua casa.

Lacoste
– O crocodilo da marca desenhada por Robert George procurou capitalizar o apelido do principal sócio da empresa, o tenista profissional René Lacoste.

Apple
– Três foram as principais razões para a marca:
1) o nome iniciava-se com “A”, portanto apareceria listado na frente da maioria dos competidores;
2) ninguém esperaria uma associação de sentidos de uma maçã com computadores, sendo uma aposta no inusitado;
3) uma maçã está ligada a uma vida saudável (“an apple a day keeps the doctor away”). Além do mais, a maçã desenhada com faixas é uma alusão à marca listrada da IBM e o pedaço mordido é uma clara referência ao pecado bíblico.

Nestlé
– O nome da empresa e o desenho da marca foram inspirados no nome do fundador, Henri Nestlé, e no significado da palavra “nestle”, derivada da palavra nest, ninho em inglês, que quer dizer aninhar-se, abrigar-se. A mais importante alteração da marca desde 1875 aconteceu em 1985, quando o número dos filhotes diminuiu de três para dois dentro do ninho – sinal dos tempos de redução da prole.

BMW
– A simbologia da Bayerische Motoren Werke designa a origem dos seus negócios: a fabricação de motores de aviões. A imagem é de uma hélice, o azul e o branco da marca representam o céu e as cores da Bavária.

Cruz Vermelha
– Por diferenças culturais, a tradução de Red Cross (Cruz Vermelha) é modificada para Red Crescent (Lua crescente Vermelha) nos países árabes e Red Lion (Leão Vermelho) e Rising Sun (Sol crescente) no Irã. Pirelli – O P estendido é uma descrição da elasticidade e da qualidade dos seus produtos.

Pizza Hut
– Os irmãos Carney em Wichita, Kansas, em 1958, abriram uma pizzaria em um local que já tinha um luminoso com nove caracteres. Pizza era o que eles venderiam, havia mais um espaço entre as palavras e só sobravam três letras. Alguém disse que o local parecia uma cabana (Hut, em inglês). Pronto, aí estava o nome. O desenho de um telhado sobre o nome só foi feito 11 anos depois.









Marcas - Carlos Drumond de Andrade


Eu, etiqueta


Carlos Drummond de Andrade


Em minha calça está gravado um nome
que não é meu de batismo ou de cartório
um nome ... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo.
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar a identidade.
trocá-Ia por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá – anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas
e bem á vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a comprometeu.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio de estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece curro signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.