Dec 10, 2014

Qualidade de Vida - Gabriel Novis Neves

Mensagem reproduzida com autorização do autor.

On Fri, 05 Dec 2014 15:18:36 +0100, Associação dos Docentes da > Universidade Federal de Mato Grosso | AdufMat wrote >> Espaço Aberto nº 221/2014 >>         >> ESPAÇO ABERTO >> Debate de ideias – Informativo da Associação dos Docentes da UFMT   - >> ADUFMAT - nº 221/2014 >> >>         >> >>         Artigo enviado pelo Prof. Gabriel Novis Neves. >> >>         >> >>        Qualidade de vida >> >>            Quanto mais estudo ciências sociais, mais me sinto > frustrado. >> Estamos caminhando há séculos por estradas vicinais ao >> desenvolvimento humano. >> >>            Enquanto nações pobres conseguem nos ultrapassar > em qualidade >> de vida pela estrada da correta educação, permanecemos em estado de >> verdadeira letargia, mentindo para nós mesmos. >> >>            De acordo com os últimos dados sociais e > econômicos divulgados >> pelos organismos competentes, tenho a nítida impressão de que estamos >> a caminho do empobrecimento, sobre todos os aspectos. >> >>            O cidadão brasileiro não conhece os seus direitos, > logo, não >> vivemos em uma democracia que expresse a opinião nacional. >> >>            Na hora de votar cada eleitor está pensando em sua > sobrevivência. >> >>            Quem define o resultado das eleições são as nossas >> necessidades, e isso tem um preço altíssimo. >> >>            Nosso maior vexame continua sendo a péssima > qualidade do ensino. >> >>            Apenas o ensino fundamental que está, > equivocadamente, >> universalizado. O pior é que a nossa escola não ensina cidadania às >> crianças. >> >>            Há oferta de uma infinidade de disciplinas que não > “abrem a >> cabeça do aluno”, afastando-o do aprendizado. É um crime contra a >> pátria. >> >>            Sabemos que quem decide eleições em países como o > nosso, >> considerado em desenvolvimento, são aqueles maiores de dezesseis >> anos, que não tiveram oportunidade de acesso a uma boa escolaridade. >> >>            A nossa atual escola cria, em sua maioria, > desigualdades sociais, >> e hoje carregamos esse troféu no grupo dos países marginalizados do >> desenvolvimento social e econômico. >> >>            Esse é o nosso presente, onde ainda estão vivos na > nossa >> memória fatos como a saída do Collor do governo, o mensalão e, >> recentemente, o assalto à Petrobrás. >> >>            Recordamos com emoções extremamente penosas esses > momentos que >> ainda, de muito recentes, não passaram à nossa história. >> >>            A opinião pública não elege presidentes. Quem tem > bolsa >> família vai se incomodar com a corrupção ao votar? >> >>            Mais sensíveis aos assaltos cometidos por agentes > públicos >> contra o erário público e sobre o comportamento aético dos nossos >> políticos e governantes, são os pertencentes à classe média, os >> profissionais liberais, enfim, todos muito sobrecarregados com os >> altos impostos pagos. >> >>            Com a população educada, informada, independente > das bolsas >> para sobrevier, nasce a opinião pública capaz de mexer no tabuleiro >> do xadrez político alterando seus resultados. >> >>            O governo, porém, nega este instrumento à nossa > gente, com o >> propósito único de se perpetuar no poder. >> >>            O Brasil precisa criar uma identidade. Precisamos > urgentemente do >> surgimento de figuras modelares para se tornarem heróis nacionais. >> >>            Consta que temos apenas um herói nacional – > Tiradentes. >> >>            Outros que aparecem nos livros escolares são > contestados. >> >>            Mitos povoam nossa imaginação, a começar por > aquele que diz >> que o povo brasileiro é cordial. >> >>            Acreditamos viver em uma República Democrática. > República é >> virtude, bom governo. Democracia é inclusão social. >> >>            Avançamos um pouco no terreno democrático. No > entanto, na >> república, não progredimos muito, e os escândalos de corrupção estão >> aí para comprovar. >> >>            Conquistamos o direito ao voto para elegermos > nossos >> representantes. Mas, todos sabem que não é bem assim. >> >>            Não é um direito, é uma obrigação – um convite à > corrupção. >> >>            Obrigatório deveria ser o ensino e a cidadania, > caminhos únicos >> para alcançarmos a qualidade de vida para todos. >> >>            Gabriel Novis Neves >> >>            24-11-2014 

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