Apr 17, 2008

Cuiabá, 02 de Abril de 2008.


Ao
Hospital e Maternidade São Matheus
Av. Aclimação, 335 – Bosque da Saúde
Cuiabá – MT.


A/C: Dr. Ademir Lúcio de Amorim, Dr. Altino José de Sousa, Dra. Eveline Meirelles G. Lima, Dr. Idvaldo Messias, Dr. José Eduardo Rossi Nassif e Dr. Wanderley Ferreira Filho.

C/c: Dr. Kamil Hussein Fares - Presidente Unimed Cuiabá
Dr. José Ricardo de Mello - Presidente Sindessmat
Dr. Djalmas Ribeiro de Castro


Ref.: Um Almoço “Sui generis”


Prezados Gestores

Escrevo-lhe em defesa dos profissionais que prestam serviços a esta unidade de saúde que teimam em atender clientes na hora sagrada de suas refeições.

Defensores do esforço getuliano encontrariam com facilidade, leis, capítulos, parágrafos, incisos e artigos que abominariam o descalabro do descumprimento realizado diante de testemunhas inertes.

Certamente Chaplin, no reino dos céus, aproveitaria a fatídica cena e a incluiria na nova versão de Tempos Modernos. Engels e Marx remoeram-se em seus túmulos diante do escárnio do capital diante do trabalho; entretanto há lacunas ocupadas por pessoas que ousam desafiar esta lógica.

O descalabro que tratam o ensino da língua portuguesa, nossos governantes principalmente, postados pela maioria dos brasileiros, diante do fracasso de transmitir as premissas básicas que norteiam a língua pátria nas séries iniciais da vida escolar, causam desconfortos ao longo da vida que um Aurélio ou um Houaiss mereceriam saber, pois dele fariam melhor uso.

Às vezes uma palavra ou a ausência dela, inserida em um pedaço de papel de tons esverdeados, de códigos que nós, meros mortais, passamos desapercebidos, causam vermelhidões em rostos pálidos e lágrimas que aportam em faces de espanto.

Burocratas da dita cooperação, cegos institucionais que vagueiam pelo mundo das metas esqueceram uma palavra, só uma palavra! Palavra que pode ou poderia anular o bisturi, a cura, o sonho, o fôlego.

Diria a professora primária: cuidado com a escrita menina! Às vezes, ela tem o poder de mudar. Esqueceram da frágil substituição – acho que foi essa a palavra. Que confusão!

Atormentados por mais de sessenta minutos e prostrados na recepção do hospital, aguardávamos autorização da cirurgia do períneo, pois o outro procedimento, de incontinência urinária mostrava-se aparentemente sem problemas.

Para médico, paciente e acompanhante, estava desde tempos, devidamente permitida e que, por bons momentos o sistema de autorização de cirurgias eletivas “teimava” em não reconhecê-lo.

Por insistência incomum da equipe administrativa resolveu-se o problema que desconhecíamos.
Antonio Damásio, pesquisador e médico neurologista ao escrever O erro de Descartes e O mistério da consciência, ou ainda de Joseph LeDoux em sua obra O cérebro emocional, contribuíram com a formação da ponte científica entre o mundo da medicina e da administração, provavelmente classificariam o cloreto de sódio, diante do poder de algumas emoções, como um menino aprendiz na contribuição de aumentos perigosos da pressão arterial.

Nossa filha de seis anos o identificou na revista do hospital e o chamou de José. Que importa? O José, a Márcia e equipe de gente brava, aliás, brava gente!

Prefiro chamá-lo de João, de João Laércio Moreira, brilhante ex-aluno que supera o mestre com virtude e sabedoria.

Leitor voraz de olhares sabe quando é necessária a ação gerencial madura diante da gélida indicação de softwares, que mal alimentados – a palavra é adequada diante do tema - só tendem a colaborar com processos inadequados. Exemplo profissional que deveria contagiar a todos os Administradores Hospitalares mato-grossenses.

Parabéns Ademir, Altino, Eveline, Idvaldo, José Eduardo e Wanderley, por permitirem a condução desta organização de saúde em mãos que equilibram a emoção e razão!

Esta é a nossa maneira de agradecer e reconhecer o auxílio na resolução da autorização da cirurgia de períneo conduzida por mãos experientes do Prof. Dr. Djalmas Ribeiro de Castro.

Obrigado João Laércio e colaboradores do Hospital São Matheus!

Ah! O almoço?! Para alguns Patchs da vida o filé e as ervilhas poderiam esperar.

Elifas Gonçalves Junior e Lenira Alves Aparecida Gonçalves

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